É PRECISO MAIS PAULO FREIRE: NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS E UMA CONVERSA DE UM JOVEM PROFESSOR GAY COM O PATRONO DA EDUCAÇÃO, AMBOS ANTIFASCISTAS
DOI:
https://doi.org/10.22481/reed.v2i5.9486Palavras-chave:
Paulo Freire, Conversa como Pesquisa, Narrativas autobiográficas, Políticas EducacionaisResumo
Em tempos de ascensão do neofascismo brasileiro, do autoritarismo instalado desde que a extrema direita assumiu a presidência desse país, da negação da vida, obra e ensinamentos de Paulo Freire, esse texto assume dentro de um arcabouço pós-crítico como um ato de resistência, ao tecer conversas para refletir, a partir de narrativas de cunho autobiográfico, sobre as contribuições das obras freirianas para e na mudança da prática de um professor de Química. O texto apresenta a conversa como metodologia de pesquisa, trazendo como contorno músicas brasileiras que eram ouvidas enquanto escrevia o artigo. Assim, as conversas científicas inserem-se como atos de resistência às políticas neoliberais que têm regulado a Educação no Brasil. Por isso, consideramos que as narrativas, as músicas, as análises freirianas e o arcabouço teórico pós-crítico que fundamentam este artigo, foram necessários para finalizar apresentando pistas para a mudança e transformação do e no mundo, como convida os dois professores antifascistas.
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