Aplicações clínicas do ozônio na odontologia
Palavras-chave:
ozônio, odontologia, microbiologia, farmacologiaResumo
O ozônio é um composto alotrópico do oxigênio, e possui propriedades únicas que proporcionam uma vasta aplicação aos sistemas biológicos e tratamentos clínicos. Apesar de sua descoberta datar-se no ano de 1840, o seu emprego clínico é atual, encontrando na Odontologia uma aplicabilidade em diversas especialidades. O presente artigo tem por objetivo revisar as aplicações clínicas do ozônio em diversas especialidades odontológicas. Através de mecanismos de oxidação não elucidados, o composto proporciona uma alta capacidade purificadora, responsável por ações microbicidas (bactérias, fungos e vírus), fazendo do mesmo uma alternativa para o combate de enfermidades. Em Odontologia o ozônio pode ser empregado em processos de esterilização de instrumentais e purificação do sistema de irrigação do equipo, servindo como uma ótima estratégia no controle e prevenção de infecções cruzadas no ambiente odontológico. Não obstante, o ozônio quando administrado em baixa concentração por via sistêmica induz a proliferação tecidual e neovascularização, sendo, portanto, um indutor cicatrizante, característica que o torna atrativo do ponto de vista clínico, pois permite tanto a eliminação de bactérias como o reparo das estruturas anatômicas. Possui uso limitado no tratamento de infecções endodônticas e lesões de cáries dentárias. O ozônio pode ser empregado no tratamento de diversas patologias orais, reduzindo o curso clínico das doenças, alcançando resultados superiores em comparação às terapias convencionais. Apesar da literatura demonstrar resultados positivos com o uso do ozônio na cariologia, cirurgia, periodontia e endodontia, há necessidade de estudos mais aprofundados com metodologias padronizadas para que se chegue a uma conclusão definitiva sobre sua aplicabilidade.