Perfil de óbitos neonatais em uma região do estado da Bahia
DOI:
https://doi.org/10.22481/rsc.v17i2.7993Palavras-chave:
Mortalidade infantil, Situação Socioeconômica, Atenção Primária à Saúde, Assistência à SaúdeResumo
Trata-se de estudo epidemiológico, do tipo ecológico, de caráter descritivo, a qual teve como objetivo analisar o perfil dos óbitos neonatais da região de saúde de Salvador, Bahia, Brasil, no período de 2009 a 2018. O estudo teve como unidades de análise dez municípios da região de saúde de Salvador, Bahia. Realizado a partir de dados secundários, como, dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC), sendo analisado as variáveis de sexo, idade, cor/raça, idade e escolaridade da mãe, tipo de parto, duração da gestação, local de ocorrência de parto e cobertura da Atenção Primária à Saúde. Foram registrados 5.090 casos de óbitos neonatais, destes, 4.046 foram óbitos neonatais precoces e 1.044 neonatais tardios. Dentre as características analisadas dos recém-nascidos, mais frequentes, destacam-se: ser do sexo masculino, prematuridade com extremo baixo peso, e dentre as condições maternas; ser jovens, com faixa etária entre 20 e 29 anos, autodenominadas pardas, tendo como via de parto vaginal. As características dos óbitos estão vinculadas as condições sociodemográficas, associados aos fatores socioeconômicos da mãe e/ou família, além de ser oriundos de questões assistenciais, o que se deve considerar como um alerta para o sistema de saúde no planejamento de políticas públicas e na execução das ações nos serviços de saúde. Tendo em vista que, a Atenção Primaria a Saúde possui uma estrutura eficaz para a redução dos óbitos infantis.
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