A sala de aula como território para um processo de ensino e de aprendizagem situado: Territorialidade e letramento geográfico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/rg.v3i4.5809

Palavras-chave:

Ensino de geografia. Letramento. Território.

Resumo

Este artigo, que tem como objetivo promover um diálogo crítico-reflexivo entre letramento, território e ensino formal de geografia, problematiza a concepção contra-hegemônica de letramento vinculada ao conceito geográfico da categoria território. Como percurso metodológico, o artigo adota uma abordagem qualitativa, valendo-se dos procedimentos revisão bibliográfica e pesquisa documental, bem como, da técnica análise de conteúdo. Dentre as análises realizadas, a concepção da sala de aula como um território situado e conectado com os diversos contextos de variação social, revela-se como imprescindível para a promoção do dialético processo de socioconstrução do saber. Todavia, o estabelecimento de um processo de ensino e de aprendizagem efetivamente dialógico esbarra com a tendência de padronização das práticas pedagógicas, especialmente, aquelas relacionadas à ciência geográfica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Daniel Cardoso Alves, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)- Brasil

Doutorando em Educação – Universidade Federal de Minas Gerais; Mestre em Ciências Ambientais ; Professor da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais- Brasil

Referências

BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso: problemática e definição. In: BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 3a ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
BOGDAN, Robert Staszewski; BIKLEN, Sari Knoop. Investigação Qualitativa em Educação – uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora, 1994.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CES 492, de 03 de abril de 2001. Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Filosofia, História, Geografia, Serviço Social, Comunicação Social, Ciências Sociais, Letras, Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcr492_01.pdf. Acesso em: 15 jan. 2019.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP n° 002/2015, de 25 jun. 2015. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica. Disponível em: http://pronacampo.mec.gov.br/images/pdf/parecer_cne_cp_2_2015_aprovado_9_junho_2015.pdf. Acesso em: 15 jan. 2019.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP 2, de 01 de julho de 2015. Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res-cne-cp-002-03072015-pdf/file. Acesso em: 16 jan. 2019.

CHAQUIME, Luciane Penteado; MILL, Daniel. Dilemas da docência na educação a distância: um estudo sobre o desenvolvimento profissional na perspectiva dos tutores da Rede e-Tec Brasil.Rev. Bras. Estud. Pedagog. 2016.
CLAVALL, Paul. O território na transição da pós-modernidade. Geographia, 1, 1999.
CORRÊA, Hércules Toledo; JORGE, Gláucia Maria dos Santos. A velha questão dos mitos e verdades da EaD e a relativização das polaridades: a experiência da área da linguagem do CEAD-UFOP. In: EaD: diálogos, compartilhamentos, práticas e saberes / Orgs. Juliana Cordeiro Soares Branco et al. – Belo Horizonte: EdUEMG, 2016.
COSTA, Benhur Pinós da. Microterritorializações urbanas: análise das microapropriações espaciais de agregados sociais de indivíduos same sex oriented em Porto Alegre/RS. In: HEIDRICH, A. L. A emergência da multiterritorialidade: a ressignificação da relação do humano com o espaço. Canoas: Ulbra; Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008.
FISCHER, S. R. História da Leitura. Trad. Claudia Freire. São Paulo: Editora Unesp, 2006.
FREIRE, Paulo. Conscientização. São Paulo: Cortez e Moraes, 1979.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1999.
GOMEZ, Margarita Victoria. Cibercultura, formação e atuação docente em rede: guia para professores. Brasília: Liberlivro, 2010.
JORGE, Gláucia Maria dos Santos; CORREA, H. T. A experiência de ensinar leitura e produção de textos nas modalidades presencial e a distância. In: III Encontro Nacional sobre Hipertexto - Interfaces, Belo Horizonte. v. I, 2009.
KRESS, G. Literacy in the new media age. London: Routledge, 2003.
LEA, Mary R.; STREET, Brian. Student writing in higher education: an academic literacies approach. Studies in Higher Education, Dorchester on Thames, v. 23, n. 2, 1998.
LEVY, Pierre. Cibercultura. 2. Ed. São Paulo, Editora 34, 2000.
LOCH, R. E. N. Cartografia: representação, comunicação e visualização de dados espaciais. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 2006.
MACEDO, Maria do Socorro Alencar Nunes.; NEVES-JUNIOR, Bernardino. Letramento acadêmico em um curso de Geografia: uma perspectiva etnográfica. Rev. Bras. Estud. Pedagógicos, 2016.
MANEVY, Alfredo. Política da Cultura Digital. In: SAVAZONI, Rodrigo; CONH, Sergio (Org.). Cultura digital.br. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2009.
MARINHO, M. A escrita nas práticas de letramento acadêmico. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, Belo Horizonte, v. 10, n. 2, p. 363-386, 2010.
MOREIRA, Ruy. Pensar e Ser em geografia. São Paulo: Contexto, 2007.
NEVES-JÚNIOR, Bernardino. Práticas de letramento acadêmico em um curso de Geografia. 2012. 128 f. (Mestrado em Educação) – Departamento de Educação, Universidade Federal de São João Del Rei, São João Del Rei, 2012.
RAFFESTIN, Claude. Repères pour une théorie de la territorialité humaine. Cahier/Groupe Réseaux, (7), 1987.
RAFFESTIN. Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
ROJO, R. H. R. Gêneros discursivos do Círculo de Bakthin e multiletramentos. In: Multiletramentos na escola. (Org.). Escola conectada: os multiletramentos e as TICs. São Paulo: Parábola, 2013.
SANTOS, Milton. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico-informacional. São Paulo: Hucitec, 1998.
SOARES, Magda. Alfabetização. In: FRADE, Isabel Cristina Alves Silva; VAL, Maria da Graça Costa. G; BREGUNCI, M. das Graças de Castro. Glossário Ceale de termos de Alfabetização, leitura e escrita par educadores. Belo Horizonte, CEALE/Faculdade de Educação da UFMG. 2014. Disponível em: http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/alfabetização. Acesso em: 18 abr. 2019.
STREET, Brian. Literacy in theory and practice. Cambridge, England: Cambridge University Press, 1984.
STREET, Brian. Perspectivas Interculturais sobre o letramento. Filologia e Lingüística Portuguesa, São Paulo, SP. Humanitas, v. 8, 2006. Disponível em: http://www.fflch.usp.br/dlcv/lport/pdf/sumario08.pdf. Acesso em: 15 jan. 2019.
STREET, Brian. Entrevista Com Brian Street. Tradução: Gilcinei Teodoro Carvalho. Língua Escrita. Belo Horizonte, n.7, 01 Jul. 2009. Entrevista. Disponível em:
http://www.ceale.fae.ufmg.br/pages/view/lingua-escrita-n-7.html. Acesso em: 22 jan. 2019.
STREET, Brian. Eventos de letramento e práticas de letramento: teoria e prática nos Novos Estudos do Letramento. In: MAGALHÂES, I. (Org.) Discursos e práticas de letramento: Pesquisa etnográfica e formação de professores. Campinas: Mercado de Letras, 2012.

Downloads

Publicado

2019-12-29

Como Citar

ALVES, D. C. A sala de aula como território para um processo de ensino e de aprendizagem situado: Territorialidade e letramento geográfico. Geopauta, [S. l.], v. 3, n. 4, p. 48-64, 2019. DOI: 10.22481/rg.v3i4.5809. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/geo/article/view/5809. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos