ENTRE CAROLINAS E DANDARAS: reconhecendo histórias e formando para a cidadania
DOI:
https://doi.org/10.22481/odeere.v4i7.4315Palavras-chave:
Feminismo., Feminismo Negro, Práticas Pedagógicas, EducaçãoResumo
O texto possui como proposta trazer a experiência de duas professoras negras da educação básica que possuem como lócus de sua docência a Baixada Fluminense e que através de suas práticas disputam os significados hegemonicamente atribuídos as mulheres negras e brancas. Além de narrar estratégias metodológicas, queremos formar um diálogo com intelectuais que nos ajudem a repensar e refinar nossa prática docente de forma crítica, assim torna-se indispensável à leitura de feministas negras que nos ajudam a nos localizar quanto à organização do mundo a partir do racismo e do machismo estrutural, além de nos fornecer a visão de que a educação, quando problematizadora, pode ser uma prática libertadora. A partir desta idéia torna-se importante o diálogo, também, com Paulo Freire e sua visão da educação enquanto uma ferramenta potente para transformar as pessoas e assim o mundo. As experiências aqui narradas aconteceram em duas escolas públicas, localizadas em São João de Meriti, no primeiro semestre de 2018; em uma turma de educação infantil e a outra de ensino médio. As experiências práticas procuram realizar um exercício crítico do espaço escolar onde seja possível a convivência com a diferença, permitindo que as alunas e alunos possam ter acesso a outras visões de mundo, oportunizando, desta forma, o acesso a outras histórias onde as mulheres negras e brancas sejam protagonistas e sejam reconhecidas, também, como construtores do país em que vivemos.
Palavras-chave: Educação. Feminismo. Feminismo Negro. Práticas Pedagógicas.
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