Literatura negra feminina: história de resistência antirracista da autora - Conceição Evaristo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/odeere.v8i3.12945

Palavras-chave:

Conceição Evaristo, Educação Antirracista, Estereótipos e Invisibilidade, História de Resistência, Literatura Negra

Resumo

A literatura negra feminina é pouco utilizada no contexto escolar da educação básica. Entretanto, ela pode provocar reflexões acerca das desigualdades sociais e do papel da mulher negra na sociedade brasileira. Assim, este artigo objetiva refletir acerca da relevância da literatura de Conceição Evaristo no panorama social e acadêmico, pois seus contos abordam a representação do feminino a partir de mulheres negras e denunciam as hierarquias quanto aos papéis de gênero em uma sociedade marcada pelo patriarcalismo. Portanto, tomaremos como aportes teóricos a Lei 11.645/08 e as reflexões de estudiosos como: bell hooks (2017) com a educação transgressora; Kabengele Munanga (2008) com a problematização do racismo em sala de aula; Miriam Alves (2011) com o rompimento de estereótipos; Djamila Ribeiro (2021) com o lugar de fala para romper com o silenciamento, entre outros. A metodologia é um relato de experiência com roda de conversa sobre o conto “Isaltina Campo Belo”, de Conceição Evaristo (2016), inserido no livro Insubmissas lágrimas de mulheres, com a 1ª série do ensino médio em uma escola pública. Logo, a atividade de leitura com literatura negra feminina, no contexto educacional, pode levar o estudante à reflexão de inclusão ou exclusão no panorama literário afro-brasileiro e africano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo da história única.Tradução Julia Romeu. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.ALVES, Miriam. A literatura negra feminina no Brasil–pensando a existência.ABPN, v. 1, p. 181-189., nov/fev. 2010 / 2011.ARAÚJO, Mateus. O que é imortal:com silêncio e mistério, começa campanha para vagas na ABL.https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2021/09/12/rito-de-imortal-com-silencio-e-misterio-comeca-campanha-para-vagas-na-abl.htm. BRANDINO, Luiza. "Conceição Evaristo";Brasil Escola.https://brasilescola.uol.com.br/literatura/conceicao-evaristo.htm./2021/20/11.

BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei no9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm. CUTI, Luiz Silva. Literatura negro-brasileira.São Paulo: Selo Negro, 2010.DORALI, Ivana. Revista Periferias.revistaperiferias.org/materia/conceicao-evaristo-imortalidade-alem-de-um-titulo/.EVARISTO, Conceição. Gênero e etnia: uma escre(vivência) de dupla face. In: MOREIRA, Nadilza; SCHNEIDER, Liane (Orgs.). Mulheres no mundo:etnia, marginalidade, diáspora.João Pessoa: Ideia: Editora Universitária -UFPB, 2005, p. 201-212.EVARISTO, Conceição. Da grafia desenho de minha mãe: um dos lugares de nascimento de minha escrita. In: ALEXANDRE, Marcos Antônio (Org). Representações performáticas brasileiras: teorias, práticas e suas interfaces.BeloHorizonte: Mazza Edições, 2007.p. 16-21.EVARISTO, Conceição. Dos sorrisos, dos silêncios e das falas. In: SCHNEIDER, Liane; MACHADO, Charliton (Orgs.). Mulheres no Brasil:Resistência, lutas e conquistas.João Pessoa: Editora Universitária -UFPB, 2009. EVARISTO, Conceição. Literatura e consciência negra.Entrevista concedida com Blog Blogueiras Feministas, em 30 de set. de 2010. http://blogueirasfeministas.com/2011/11/conceicao-evaristo/. EVARISTO, Conceição. Isaltina Campo Belo. In: ___. Insubmissas lágrimas de mulheres.2. ed. Rio de Janeiro: Malê, 2016. p. 55-67.FÁTIMA, Sônia. In: Quilombhoje (Org.). Cadernos negros:os melhores poemas.São Paulo: Quilombhoje, 1998. p. 118. HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir:a educação como prática da liberdade.2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2017.LOBO, Luiza. A pioneira maranhense Maria Firmina dos Reis. In: Estudos Afro-asiáticos. Rio de Janeiro, nº 16 -1989.MUNANGA, Kabengele (Org). Superando o Racismo na Escola. 2. ed. revisada. Brasília:MEC, 2008.RASPANTI, Márcia Pinna. A primeira mulher negra a escrever um romance no Brasil.https://www.geledes.org.br/primeira-mulher-negra-escrever-um-romance-no-brasil/24/11/2016.RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala.São Paulo: Sueli Carneiro. Editora Jandaíra, 2021.SANTOS, Boaventura de Sousa. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2002.SILVA, Assunção de Maria Souza e. A fortuna de Conceição. In: EVARISTO,

Conceição. Histórias de leves enganos e parecenças.Rio de Janeiro: Malê, 2017.WALTER, Roland. Entre gritos, silêncios e visões: pós-colonialismo, ecologia e literatura brasileira. Revista Brasileira de Literatura Comparada.São Paulo, n. 21, 2012, p. 137-168.TODOROV, Tzevan. A literatura em Perigo.Tradução de Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 1996.

Downloads

Publicado

2023-12-21