As filosofias e as tecnologias de terreiro sob a interferência de Exu e dos caboclos: uma análise antropológica de experiências baianas

Autores

Palavras-chave:

Caboclo, Exu, Pedagogia cabocla, Pedagogia das encruzilhadas, Transnação

Resumo

Este ensaio se propõe a analisar as chamadas tecnologias de terreiro em suasexpressões como filosofias e epistemologias soerguidas das ancestralidadesafroindígenas praticadas e sentidas pelas comunidades de candomblé da Bahia, numaperspectiva antropológica, a partir das minhas últimas pesquisas acerca das atividadescivilizacionais destas casas em seus cultos ordinários, destacando as figuras divinas,filosóficas e pedagógicas de Exu e do Caboclo. Trago aqui o meu sentimento do mundoem cosmopercepções desenvolvidas em mim como nativo do candomblé e comopesquisador encarnado nessas questões que me compõem como pessoa humana. Oterreiro é fazedor de filosofias e tecnologias e suas divindades se nos apresentamcomo epistemologias que nos incitam a conhecer o mundo da vida através daancestralidade afroindígena que nos traduz como povo, como nação. É um ensaio quepercorre as estradas da rua com Exu, e os cainhos do mato com o Caboclo. Sente apedagogia das encruzilhadas com Luiz Rufino, e a partir de um exercício conceitualmeu, trago a noção de pedagogia cabocla em cruzos com o meu conceito detransnação usado para negar a ideia de pureza ritual nas nações do congo-angola, jejee ketu , sentidas nos candomblés entre Salvador e o Recôncavo baiano. Aqui vai umestudo antropológico em confluências com a literatura, MPB, história e culturapopular

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Publicado

2024-08-31