Autismo, biopolítica e educação: entre peças que emolduram o quebra-cabeça da normalidade

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22481/praxisedu.v20i51.15148

Keywords:

autism, biopolitics, device, inclusion, medicalization

Abstract

The life of a person with autism is overseen by a normalizing catalog of biopolitics. Based on this statement, the present essay aims to question the concept of biopolitics and, from this point on, to challenge autism as a diagnosis that frames individuals through the device of normality. As analytical tools, we use the school inclusion of students with autism and indicators such as medicalization. We assume that both have also functioned as devices for the political use of these bodies. We can conclude that the presence of these bodies with autism, included in society, should be seen as a harbinger of new aesthetics and new politics. They are bodies that question expressions such as abnormal/pathological, to conceive them as potentials that enable the expansion ofboundaries for a new normof life.

Downloads

Download data is not yet available.

References

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo?E outros ensaios. Chapecó: ARGOS, 2009.ALMEIDA, Pedro Rodrigues de. Clínica do Espaço: infância, autismo e cartografia. 2024. Tese (Doutoradoem Psicologia) –Universidade Federal Fluminense, Instituto de Psicologia, Niterói, 2024.APA. American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders:DSM-5-TR. 5 edition,Washington: American Psychiatric Association, 2022.APA. American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. DSM-V. ed. Arlington, VA: American Psychiatric Association, 2013.ASHINOFF, Brandon. K.; ABU-AKEL,Ahmad. Hyperfocus: the forgotten frontier of attention. Psychol Res, v.85, 2021. p. 1-19. DOI: 10.1007/s00426-019-01245-8Disponivel em: https://link.springer.com/article/10.1007/s00426-019-01245-8Acesso em:18 jan.2024.BRASIL. [Constituição(1988)].Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Presidência da República, 1988.BRASIL. Lei nº 9.394,de20dedezembrode1996.Estabeleceasdiretrizes e bases da educação nacional. Brasília,DF:PresidênciadaRepública,1996. Disponivel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htmAcesso em:12 jan.2024.BRASIL. Política Nacionalde Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília,DF: Senado Federal, 2008.BRASIL. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009.Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007. Brasília, DF: Presidência da República, 2009. Disponivel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htmAcesso em 7 fev.2024.

BRASIL. Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.Diário OficialdaUnião, Brasília,DF,2012.BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015.Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília,DF: Presidência da República, 2015. Disponivel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htmAcesso em:7 fev. 2024.BRASIL. Decreto nº 11.793 de 23 de novembro de 2023.Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência -Novo Viver sem Limite. Brasília,DF,Presidência da República,2023. Disponivel em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/decreto/d11793.htmAcesso em:7 fev.2024 .CANGUILHEM, Georges. O conhecimento da vida.Tradução de Vera Lucia Avellar Ribeiro. Revisão Técnica de Manoel Barros da Motta. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.CANGUILHEM, Georges. O normal e o patológico. Riode Janeiro: Forense Universitária, 2009. CAPONI, Sandra. Classificar e medicar:a gestão biopolítica dos sofrimentos psíquicos. In: CAPONI, Sandra; VALENCIA, Maria Fernanda Vásquez; VERDI, Marta; ASSMANN, Selvino José. A medicalização da vida como gestão biopolítica. 1 ed. São Paulo: LiberArs, 2016.p. 97-114.CUNHA, Ane Cristine Herminio. Inclusão das crianças com autismo: perspectivas sobre uma intervenção na escola.Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 19, n. 50, p. e12943, 2023. DOI: 10.22481/praxisedu.v19i50.12943. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/12943Acesso em: 21 fev.2024.DELEUZE, Gilles. Dois regimes de loucos: textos e entrevistas (1975-1995). Tradução de Guilherme Ivo. São Paulo: Editora 34, 2016.ESPINOZA, Baruch de. Correspondências.1977. Disponível em: http://filosofia.com.br/figuras/livros_inteiros/136.txtAcesso em: 01 março de 2024.ESPOSITO, Roberto. Bios:biopolítica e filosofia. Tradução de Wander Melo Miranda. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2017.FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.FOUCAULT, Michel. Segurança, território e população. São Paulo: Martins Fontes, 2008.FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder.Organização, introdução e revisão técnica de Roberto Machado. 3ed.Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2015.

ILLICH, Ivan. A expropriação da saúde: nêmesis da medicina. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.KANNER, Leo. Autisc Disturbances of Affective Contact. Nervous Child, n. 2, 1943. p. 217-250. Disponivel em: https://bpb-us-e1.wpmucdn.com/blogs.uoregon.edu/dist/d/16656/files/2018/11/Kanner-Autistic-Disturbances-of-Affective-Contact-1943-vooiwn.pdfAcessoem:7 fev.2024.LAPOUJADE, David. As existências mínimas.São Paulo: N-1 edições, 2017.LOBO, Lilia Ferreira. Os infames da história: pobres, escravos e deficientes no Brasil. Rio de Janeiro: Lamparina, 2023.MANSKE, George Saliba, PICH, Santiago; ZOBOLI, Fabio.Modos de governo na produção de ontologias algoritimizadas.Ciências Sociais Unisinos,São Leopoldo, v.59, n. 3, setembro/dezembro 2023. Disponível em:https://revistas.unisinos.br/index.php/ciencias_sociais/article/view/26594Acesso em: 20 fev. 2024.MCCROSSIN, Robert. Finding the True Number of Females with Autistic Spectrum Disorder by Estimating the Biases in Initial Recognition and Clinical Diagnosis. Children, vol. 9, n. 2, p. 1-18.,17 fev 2022. DOI: 10.3390/children9020272Disponivel em:https://www.mdpi.com/2227-9067/9/2/272Acesso em:20 fev.2024.NALLI, Marcos. A abordagem imunitária de Roberto Esposito: Biopolítica e medicalização. In: A medicalização da vida como estratégia biopolítica. CAPONI, Sandraet al.(org.). São Paulo: LiberArs, 2013. p. 45-54. ORRÚ, Silvia Ester. Autismo, linguagem e educação: interação social no cotidiano escolar. 3. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2012.ORRÚ, Silvia Ester. O autismo em meninas e mulheres: diferença e interseccionalidade. Petrópolis: Vozes, 2024.RABINOW, Paul.; ROSE, Nikolas. O conceito de biopoder hoje. Política & Trabalho.Revista de Ciências Sociais, n. 24, p. 27-57, abr., 2006. Disponível em:https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/politicaetrabalho/article/view/6600Acesso em: 7 fev.2024. RECH, Tatiana Luiza. A inclusão educacional como estratégia biopolítica. In: Inclusão e biopolítica. FABRIS, Eli T. Henn; KLEIN, Rejane Ramos (org.). Belo Horizonte: Autêntica, 2013. p. 25-44.RODRÍGUEZ, Pablo Manolo. Las palabras en las cosas:saber, poder y subjetivación entre algoritmos e biomoléculas. Ciudad Autônoma de Buenos Aires: Cactus, 2019.ROSE, Nikolas. A política da própria vida:biomedicina, poder e subjetividade no Século XXI. São Paulo: Paulus, 2013.

SIBILIA, Paula. O homem pós-orgânico:corpo, subjetividade e tecnologias digitais. 2. ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.SODRÉ, Muniz. Reinventando a educação:Diversidade, descolonização e rede. Petrópolis: Vozes, 2012.TIQQUN.Contribuições para a guerra em curso.Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. São Paulo: N-1 edições, 2019.

Published

2024-08-02