EXPERIÊNCIAS DIDÁTICAS NAS GRADUAÇÕES DE ARQUITETURA E URBANISMO: POR MOVIMENTOS DE INCORPORAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.22481/praxisedu.v15i35.5674Palavras-chave:
Arquitetura e Urbanismo, Formação, IncorporadoResumo
Este trabalho consiste em apresentar três experiências didáticas, realizadas no âmbito da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Juiz de Fora, em que foi priorizada a imersão dos estudantes em ambientes que não os das salas de aula propriamente ditas. Tais experiências, desenvolvidas no caminho da metodologia da pesquisa-ação, procuraram privilegiar o contato dos estudantes com situações que os fizeram refletir sobre os seres e coisas que conformam os ambientes em que estiveram e, de certa forma, estabelecer relações com eles, voltando atenção especial para as dinâmicas provocadas por esses seres e coisas e como nelas eles se imbricam mutuamente no cotidiano das cidades. As discussões surgidas com os estudantes durante essas experiências, o seu retorno em forma de narrativas e a observação da complexificação de seus discursos e ações junto às atividades acadêmicas que nos foi possível acompanhar incentivaram a proposição de uma tese de doutorado junto ao Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia. Tanto nessa tese quanto no presente artigo, se defende a adoção de mudanças no ensino das graduações de Arquitetura e Urbanismo brasileiras pautadas em referências paradigmáticas outras que não a cartesiana: “Pensamento Complexo”, “Filosofia da Diferença”, “Biologia do Conhecer”, “Educação da Atenção”, tudo isso voltado para a valorização da “Experiência” no mundo. A intenção é que a formação desses estudantes possibilite a construção de subjetividades próximas do que chamamos de “postura incorporada”, mais consonante, a nosso ver, com a complexidade desse mundo como um todo.