A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE JOVENS EM PRIVAÇÃO DE LIBERDADE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/praxisedu.v16i37.6210

Resumo

Este artigo resulta de uma pesquisa teórico-empírica e busca desvelar como se dá a educação profissional de jovens e adolescentes do sexo feminino que cumprem medida socioeducativa de internação no estado de Minas Gerais. Abordando a legislação atual, que insere a educação profissional como parte integrante da educação básica e direito de todos/as os/as cidadãos/ãs, investigou-se a importância de sua oferta a esse público específico por meio de entrevistas semiestruturadas com alguns gestores da instituição e cinco adolescentes internas. Verificou-se como são ofertadas e desenvolvidas as atividades de profissionalização, a relevância que as meninas conferem aos cursos desenvolvidos e as percepções da equipe gestora sobre essa atividade educativa. Os dados analisados sinalizam que a escolarização e a profissionalização nas medidas socioeducativas de internação são ofertadas de forma ainda insuficiente e apresentam-se eivadas de preconceitos e estereótipos de gênero, demandando estudos e reflexões a fim de lograr transformações sociais nessa área.

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Biografia do Autor

Sílvia Danizete Pereira Barbosa, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – Brasil

Mestra em Educação Tecnológica pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). ). Integrante do Grupo de Pesquisa em Formação e Qualificação Profissional - Forquap do Cefet MG.

Raquel Quirino, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – Brasil

Pós-doutora e Doutora em Educação pela Universidade Federal de minas Gerais (UFMG); Mestre em Educação Tecnológica pelo Centro Federal de educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG); Professora do Programa Especial de Formação de Docentes e do Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica; líder do Grupo de Pesquisa em Formação e Qualificação Profissional – Forquap no CEFET-MG.

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Publicado

2020-02-07