Ensino remoto e os desafios da pedagogia da alternância: o caso do PRONERA/EJA/RJ durante a pandemia
DOI:
https://doi.org/10.22481/redupa.v2.13414Resumo
Os povos do campo historicamente foram excluídos do acesso à educação escolar. A desigualdade educacional no Brasil atinge diferentes grupos e no final do século XX emergiram movimentos de reivindicação pelo direito à educação para todos, como a educação do campo e de jovens e adultos. Essa luta resultou na criação do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária. Em 2019, foi criado um projeto no Norte e Noroeste Fluminense, com o objetivo de ampliar o nível de escolaridade dos anos iniciais do Ensino Fundamental de jovens e adultos em assentamentos da Reforma Agrária e comunidades rurais, por meio da pedagogia da alternância. Esta prevê o regime de alternância entre tempo escola e tempo comunidade, a interação com a escala local do educando é fundamental para o processo de ensino-aprendizagem. No entanto, em 2020 foram decretadas medidas de distanciamento social devido a pandemia da COVID-19, impossibilitando o encontro presencial dos educandos e educadores do projeto. Tendo isso em vista, o presente trabalho tem o objetivo de analisar a reestruturação do processo de formação em regime de alternância do PRONERA/EJA na região Norte e Noroeste Fluminense no contexto da pandemia da COVID-19. Para isso, foi utilizada a pesquisa bibliográfica e de campo com a técnica de observação. A partir da análise dos dados, observou-se que as decisões voltadas para o movimento de inclusão escolar dos povos do campo precisam considerar as particularidades da sua base metodológica, assim como as suas diferenças para a educação urbana formal.
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