Brecha Digital de Gênero e Raça na pesquisa sobre tecnologias digitais de informação e comunicação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/odeere.v7i1.10493

Palavras-chave:

brecha digital de gênero e raça, africanas, afro-brasileiras, intyerseccionalidade

Resumo

Produzidas a partir de determinadas concepções e posicionamentos políticos e filosóficos, as tecnologias expressam intencionalidades que orientam as dinâmicas sociais e afetam os seus usos, design e desempenho. Neste artigo, partimos do pressuposto de que as tecnologias não são produzidas e disseminadas de modo neutro, sendo afetadas pelo modo como gênero e raça estruturam as relações sociais. A partir de informações obtidas na Plataforma Lattes, do CNPq, e em sites institucionais, realizamos um mapeamento das docentes universitárias afro-brasileiras e africanas dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) que pesquisam sobre tecnologias digitais e são vinculadas aos cursos de Ciências da Computação, Comunicação, Pedagogia e Ciências Sociais de universidades públicas, no período compreendido entre 1989 e 2019. Por meio de uma abordagem interseccional, analisamos como o fenômeno da brecha digital posiciona as mulheres negras no campo da pesquisa sobre tecnologias digitais e concluímos que, apesar de ser identificada a presença de docentes negras nas universidades desenvolvendo pesquisas sobre tecnologias digitais, sua participação nesta área ainda é incipiente. No que se refere aos PALOP, as informações disponíveis na internet foram insuficientes para que pudéssemos reunir elementos que garantam uma análise segura do fenômeno nas universidades públicas investigadas.

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Biografia do Autor

Zelinda dos Santos Barros, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB)

Antropóloga, Docente Adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB). Doutora em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia (2013), Mestra em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (2003), Especialista em Educação à Distância pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (2008) e Bacharela em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (2000). Fez Pós-doutorado em Ciências Sociais na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia de 2014 a 2018. Membro do grupo de pesquisa NYEMBA - Processos Sociais, Memórias e Narrativas Brasil/África (UNILAB). E-mail: zelindabarros@unilab.edu.br

Yuri Crisostomo Fonseca, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

Graduando em Pedagogia pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, campus dos Malês - São Francisco do Conde - BA. Graduado em Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades pela mesma universidade. É membro dos grupos de pesquisa "Nyemba - Processos sociais, memórias e narrativas Brasil/África (UNILAB)" e África-Brasil: Produção de Conhecimento, Sociedade Civil, Desenvolvimento e Cidadania Global (UNILAB)"E-mail: yuricris771@gmail.com

Dauda Uali, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira

Graduado em Bacharel de Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB), Licenciando em Ciências Sociais pela mesma universidade, Mestrando em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).E-mail: daudauali11@gmail.com

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Publicado

2022-05-02

Como Citar

Barros, Z. dos S., Fonseca, Y. C., & Uali, D. (2022). Brecha Digital de Gênero e Raça na pesquisa sobre tecnologias digitais de informação e comunicação. ODEERE, 7(1), 203-216. https://doi.org/10.22481/odeere.v7i1.10493