Vestígios, “negrofuligens” e “feitiço”: rastros de africanidade na constituição de uma filosofia negro-brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/odeere.v7i1.10515

Palavras-chave:

Filosofia Negro-brasileira, Epistemologias Afro-brasileiras, Feitiço, Ancestralidade, Mulheres Negras

Resumo

Este artigo atende às provocações dos seres encantados que atuam na construção de nossa Filosofia afro-brasileira estimulando a criação de novas  epistemologias através do fazer-negro centrado no mistério, na Força Vital, no diálogo com o Tambor e o Batuque e no poder da Palavra, todos estes saberes ancestrais que preenchem e conduzem nossa formação acadêmica como mulheres e pessoas negro-periféricas. Utilizaremos os termos “Filosofia afro-brasileira” ou ainda “Filosofia negro-brasileira” para tratar desses saberes sem que haja diferenciação entre eles. Somos duas pesquisadoras que trabalham os rastros de africanidade nas expressões artísticas e socioculturais buscando seus sentidos e impactos políticos na contemporaneidade. Através de estudos nas ciências sociais, relações étnico-raciais e do campo artístico, queremos identificar, investigar e registrar a filosofia negro-brasileira, fundante de uma epistemologia proposta por mulheres negras, com base no legado africano e pautada na dialogia entre material e imaterial. Desejamos propor novos olhares para a(s) história(s) dos antepassados e descendentes de africanos, contribuindo para o fortalecimento e re-construção do imaginário social ocidental no sentido da emancipação antirracista. A proposta em questão neste artigo aponta expressões culturais sofisticadas da comunidade preta, que corroboram para a ressignificação dessa coletividade destituída de sua humanidade pela estrutura racista.

formação acadêmica como mulheres e pessoas negro-periféricas. Utilizaremos os termos “Filosofia afro-brasileira” ou ainda “Filosofia negro-brasileira” para tratar desses saberes sem que haja diferenciação entre eles. Somos duas pesquisadoras que trabalham os rastros de africanidade nas expressões artísticas e socioculturais buscando seus sentidos e impactos políticos na contemporaneidade. Através de estudos nas ciências sociais, relações étnico-raciais e do campo artístico, queremos identificar, investigar e registrar a filosofia negro-brasileira, fundante de uma epistemologia proposta por mulheres negras, com base no legado africano e pautada na dialogia entre material e imaterial. Desejamos
propor novos olhares para a(s) história(s) dos antepassados e descendentes de africanos, contribuindo para o fortalecimento e re-construção do imaginário social ocidental no sentido da emancipação antirracista. A proposta em questão neste artigo aponta expressões culturais sofisticadas da comunidade preta, que corroboram para a ressignificação dessa coletividade destituída de sua humanidade pela estrutura racista.

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Biografia do Autor

Elisangela de Jesus Santos, Instituto Federal de São Paulo

Professora de Sociologia no Instituto Federal de São Paulo. Docente permanente no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UNESP Araraquara, Faculdade de Ciências e Letras. Trabalha com trajetórias de mulheres negras e o legado africano nas práticas culturais e na canção popular brasileira. E-mail: lili.libelula@gmail.com

Ludmilla Lis Andrade de Lima, Pesquisadora autônoma

Formada em Letras/Literatura, Mestra em Relações Étnico-Raciais (CEFET RJ). Trabalha atualmente na assessoria da escritora Conceição Evaristo e na Interpretação de Audiolivros. Tem experiência teatral em Direção e Interpretação. E-mail: ludmillalis@yahoo.com.br

Referências

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Publicado

2022-05-02

Como Citar

Santos, E. de J., & de Lima, L. L. A. (2022). Vestígios, “negrofuligens” e “feitiço”: rastros de africanidade na constituição de uma filosofia negro-brasileira. ODEERE, 7(1), 217-234. https://doi.org/10.22481/odeere.v7i1.10515