A memória do Itarendá ressignificando novas territorialidades
DOI:
https://doi.org/10.22481/odeere.v3i5.3640Palavras-chave:
Itarendá, TerritorialidadesResumo
O presente Relato é resultado dos estudos na disciplina Antropologia Visual, ministrada pelo professor Dr. Flavio Leonel no Programa de mestrado em Linguagens e Saberes na Amazônia da Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança. Diante da fundamentação teórica apreciada durante a disciplina pensamos discutir o conceito de memória apresentado por Paul Ricoeur, em que o autor baseia-se em duas perguntas: de que há lembrança? De quem é a memória? Podemos atribuir a esses questionamentos a passagem de paradigma: do fato que é lembrado, ao sujeito que lembra tal fato. Dessa forma, a memória dos Ka’apor pode remeter a imagens do passado e reconstituir o presente das novas aldeias criadas dentro do seu Território. Assim, o relato faz um recorte teórico de conceitos chaves do que foi o desenvolvimento da pesquisa, cujo tema é A (RE)SIGNIFICAÇÃO DO LUGAR E AS NOVAS TERRITORIALIDADES DOS KA’APOR NAS ALDEIAS IPU’Y RENDA E TURIZINHO. Além disso, proponho apresentar as reflexões dos pesquisadores Ana Luiza Carvalho, Fernando Tacca, Carlo Severi e Jacques Aumont no bojo do conceito de imagem relacionando com as fotografias adquiridas durante experiência como professora do projeto de escolarização ka’apor, nos anos 2012 e 2013, denominado Ka’a namõ jumu’e ha katu – Aprendendo com a Floresta.
Palavras-Chave: Resignificação, aldeias, Itarendá
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