ENSINAR E APRENDER FILOSOFIAS NEGRAS: Entrevista a Renato Noguera
DOI:
https://doi.org/10.22481/odeere.v3i6.4334Palavras-chave:
Entrevista, Renato, NogueraResumo
Uma boa entrevista precisa de uma entrada? Necessitamos aqui, realmente de uma apresentação de nosso entrevistado? Se sim, seremos sintéticos, porque estamos convencidos de que importa a fala de Renato Noguera. Deixaremos que a entrevista diga “algo” sobre ele que não possa ser pinçado rapidamente de seu currículo lattes, produção bibliográfica, palestras e bancas de trabalhos acadêmicos, não sem dizer, contudo, que Noguera é daqueles pensadores que aproximam o conhecimento das pessoas. Não escreve e nem fala como se estivesse em uma Catedral, engomado e asséptico. Noguera é pop: dá entrevistas em programas de televisão com a mesma competência com a qual orienta seus estudantes, desenvolve pesquisas e escreve livros. Já há algum tempo, Renato Noguera é sinônimo de produção inovadora que contraria o epistemicídio negro e rasura as lacunas da filosofia. Nosso entrevistado engrossa as reflexões presentes nesta edição da revista Odeere/UESB, cujo tema central é “Afrofilosofias e saberes diaspóricos: Filosofias pretas nas palmas das mãos”, questionando silêncios de uma ciência branca-cis-euro-hetero-usa-normativa, pouco comprometida com a luta antirracista e a equanimidade. A ele agradecemos por nos conceder um pouco de seu tempo, tendo a internet nos servido de elo. A você dedicamos este trabalho, convidando-a(o) a trilhar um percurso de leitura, o qual, se estivermos de acordo, apresentará: i) reflexão e avanço de conhecimento sobre uma filosofia negra; ii) outros caminhos para a filosofia, mais ao “sul”; iii) reinvenções de percurso de pesquisa, pois, ora, o entrevistado tem se voltado à filosofia para a infância. E por quê? Porque Erês, Ibejis, Exu Mirim, o menino Kiriku dão o que filosofar, tanto quanto Pinóquio, Mickey Mouse, Riquinho Rico ou o Pateta, não é mesmo? Esta entrevista não serve apenas aos estudiosos de filosofia, aos pesquisadores de categorias como raça, etnicidade e justiça cognitiva. Serve aquelxs interessadxs em ensinar e aprender filosofias negras, com vistas a denegrir a Vida numa articulação proativa e biocêntrica em favor da Comunidade. Em uma palavra: Ubuntu!
Palavras chave: Filosofia; Afrocentricidade; África
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