ENCRUZILHADAS EPISTEMOLÓGICAS: “Acertando o conhecimento europeu ontem com uma pedra que atirei somente hoje”
DOI:
https://doi.org/10.22481/odeere.v3i6.4423Palavras-chave:
Marimba Ani, encruzilhada, nativo, conhecimento universalResumo
As religiões de matriz africana foram e ainda são intensamente estudadas buscando compreender sobre o seu funcionamento, as relações construídas entre os fiéis, assim como entre os fiéis e as entidades. Essa sociedade, enquanto sociedade não-europeia, é estudada com base nos conhecimentos eurocêntricos, o que torna possível compreender as formas de abordagem do conhecimento universal sobre o Candomblé, colocando assim, o conhecimento Europeu como nativo. Dessa forma, sigo o caminho proposto pela antropóloga Marimba Ani, para pensar a roça de Candomblé e a herança africana, a partir das epistemologias oriundas do terreiro. Utilizo a poesia do ogan Wesley Correia, os pensadores negros em diáspora e os africanos enquanto uma encruzilhada de caminhos possíveis a ser construído em diálogo com o romance “O mundo se despedaça”, de Chinua Achebe para enriquecer a discussão de visão-de-mundo e produção de sentido.
Palavras-chave: Marimba Ani; encruzilhada; nativo; conhecimento universal; Wesley Correia.
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