(Re)existência “Margarida” - mulher negra quilombola: identidade, religiosidade e o poder de cura na Chapada da Diamantina - BA
DOI:
https://doi.org/10.22481/odeere.v4i7.4902Palavras-chave:
mulheres quilombolas, populações com ancestrais no continente africano;, etnicidade;, racismoResumo
As mulheres dos quilombos sofrem preconceitos por seu gênero, sua cor e suas origens. Eles lutam todos os dias para quebrar os estereótipos que lhes são impostos desde os tempos da escravidão. A questão de gênero é um fenômeno complexo, e sempre que está ligada à história da escravidão negro-africana, a ideia de submissão e esquecimento emerge. A narrativa das mulheres negras dos quilombos compoem o conjunto de dados para esse artigo. A abordagem interseccional é um recurso teórico relevante para entender as interconexões entre racismo, gênero e classe na estrutura social. Este estudo utilizou a etnografia como estratégia de pesquisa e entrevistas para coletar dados. A metodologia de análise é a teoria interpretativa, em que o sujeito da pesquisa e o contexto em que vivem estão no centro do entendimento acerca da identidade, religiosidade e genero nas comunidades quilombolas.
Palavras-chave: mulheres quilombolas, medicina popular, etnia, racismo
Downloads
Referências
AGUIAR, G. O. As benzedeiras do Rio de Contas e os desafios às ciências sociais. Núcleo de Estudo Religião e Sociedade – Revista Nures, nº 13 – Pontifícia Universidade Católica – SP. setembro/dezembro 2009.
AGUIAR, G. O. Mulheres negras da Montanha: a religiosidade das benzedeiras de Rio de Contas. 2012, tese (doutorado em Ciências Sociais, PUC-SP, São Paulo, 2012.
BANDEIRA, L. C. C. Rotas e Raízes de Ancestrais Itinerantes. Tese (Doutorado em História Social). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo: SP, 2013.
BARTH, Fredrik. Grupos étnicos e suas fronteiras. The social organization of culture difference. Bergen, Oslo: Universitteraforlaget, 1969 In___POUTIGNAT, Philippe; STREIFF-FERNART, Jocelyne. Teorias da etnicidade: seguido de grupos étnicos e suas fronteiras de Fredrik Barth. Trad. Elcio Fernandes. 2. ed. São Paulo: Ed. Unesp, 2011.
BENTO, J. A. R. Conhecendo as benzedeiras de Goiabeiras Velha. Vitória, ES: Ed. do autor, 2004.
BOSI, E. Memória e sociedade: lembrança de velhos. 3 ed. São Paulo: Companhia da Letras, 1994.
BRAH, Avtar. Diferença, diversidade, diferenciação. Cad. Pagu [online]. 2006, n. 26, pp.329-376. ISSN 1809-4449. https://doi.org/10.1590/s0104-83332006000100014
CHAGAS, M. C. C. et al. A prática do benzimento com o uso de plantas na comunidade rural remanescente de quilombo de Furnas do Dionísio, Jaraguari, Mato Grosso do Sul. Multitemas Campo Grande - MS, n. 35, p. 207-224, dez. 2007.
CLIFFORD, James. A experiência etnográfica: Antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2002.
CRENSHAW, KIMBERLÉ. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Rev. Estud. Fem., Florianópolis , v. 10, n. 1, p. 171-188, Jan. 2002. <https://doi.org/10.1590/s0104-026x2002000100011
CUNHA, L. A. Benzedeiras, saberes e oralidade: a cura através do dom e da palavra. GECOM – UERN Grupo de estudo sobre culturas populares – UFRN. IV Reunião Equatorial de Antropologia e XIII Reunião de Antropólogos do Norte e Nordeste. 4 a 7 de agosto de 2013, Fortaleza-CE.
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2008. 213p. (Antropologia social.) ISBN 9788521613336 (broch.)
HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990. 189 p. (Sociologia e Política) ISBN 85-7115-038-9
HOFFMANN-HOROCHOVSKI, M. T. Velhas benzedeiras. Dossiê – O final da vida no século XXI. Revista Mediações, Londrina, vol. 17, n. 2, p. 126-140, jul./dez. 2012. https://doi.org/10.5433/2176-6665.2012v17n2p126
HOFFMANN-HOROCHOVSKI, M. T. Benzeduras, garrafadas e costuras: considerações sobre a prática da benzeção. Guaju – Revista Brasileira de Desenvolvimento Territorial Sustentável, Matinhos, v. 1, n. 2, p. 110-126, jul./dez. 2012. https://doi.org/10.5380/guaju.v1i2.45038
LAPLATINE, F. 1943 – A descrição etnográfica. Tradução João Manuel Ribeiro Coelho e Sérgio Coelho. São Paulo: Terceira Margem, 2004.
LE BRETON, D. Do silêncio. Lisboa: Instituto Piaget, 1997.
MELLO, C.A.A. Percepção, intervenção e cura: sobre modos somáticos de atenção e a pratica da benzedura. Ciencias Sociales y Religion/Ciencias Sociais e Religiao, Porto Alegre, v.15, n. 18, 2013. https://doi.org/10.22456/1982-2650.44455
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo, SP: Brasília, DF: Cortez, UNESCO, 2000. 118p. ISBN 852490741X (broch.)
MINAYO, M.C.S. O desafio da pesquisa social. In: MINAYO, M. C. S. (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 33ª ed. Petrópolis (RJ): Vozes; 2013, p. 9-27.
NASCIMENTO, D. G. Tradição Discursivas Orais: mudanças e permanências nas rezas de cura e benzeduras populares da região de Itabaiana. Dissertação (Mestrado em Linguística e Ensino) Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2010.
OLIVEIRA, E. R. O que é medicina popular. São Paulo: Abril Cultural: Brasiliense, 1985.
POUTIGNAT, P; STREIFF-FERNART, J. Teorias da etnicidade: seguido de grupos étnicos e suas fronteiras de Fredrik Barth. Trad. Elcio Fernandes. 2. ed. São Paulo: Ed. Unesp, 2011.
QUINTANA, A. M. A ciência da benzedura: mau-olhado, simpatias e uma pitada de psicanálise / Alberto Manoel Quintana. – Bauru, SP: EDUSC, 1999.
SANT’ANA, E. Parteiras, Benzedeiras e Benzeduras: uma cultura tradicional/ Elma Sant`Ana. – Porto Alegre: Alcance, 2012.
SANTANA, M. Legado ancestral africano na diáspora e o trabalho do docente: desafricanizando para cristianizar. (Tese de Doutorado) São Paulo, 2004. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
SANTOS, G. L. and CHAVES, A. M. Ser quilombola: representações sociais de habitantes de uma comunidade negra. Estud. psicol. (Campinas) [online]. 2007, vol.24, n.3, pp. 353-361. ISSN 0103-166X.. https://doi.org/10.1590/s0103-166x2007000300007
SILVA, C. S. Rezadeiras: Guardiãs da Memória. V ENEULT – Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura. Faculdade de Comunicação/UFBA. Maio, 2009.
SILVA, M. E. M. Marcadores das africanidades das rezadeiras do quilombo de Caucaia/CE: Uma abordagem pretagógica. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza, 2015.
SILVA, R. L. M. da. As práticas de rezas na comunidade quilombola de Caiana dos Crioulos em Alagoa Grande-PB. 2016. 24 f. Monografia (Especialização em Etnobiologia) – Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.
SILVA, V. A. G. Benzedeira. Victor Augustus Graciotto Silva; fotografias de Katiuscia Dier Francisco, Regina Maria Schimmelpfeng de Souza, Ricardo de Campos Leining. Curitiba: Máquina de Escrever, 2013.
SOUZA, F. R. et al. A arte da benzeção e da cura na memória e identidade das mulheres das comunidades quilombolas de caiana dos crioulos e do grilo. III seminário nacional gênero e práticas culturais, olhares diversos sobre as diferenças. Joao Pessoa PB, Out. 2011. Disponível em: <http://www.escavador.com/pessoas/6985597>. Acesso em: 9 set. 2017.
SPIVAK, G.S. 1942. Pode o subalterno falar? Tradução de Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 ODEERE
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você é livre para:
Compartilhar - copia e redistribui o material em qualquer meio ou formato; Adapte - remixe, transforme e construa a partir do material para qualquer propósito, mesmo comercialmente. Esta licença é aceitável para Obras Culturais Livres. O licenciante não pode revogar essas liberdades, desde que você siga os termos da licença.
Sob os seguintes termos:
Atribuição - você deve dar o crédito apropriado, fornecer um link para a licença e indicar se alguma alteração foi feita. Você pode fazer isso de qualquer maneira razoável, mas não de uma forma que sugira que você ou seu uso seja aprovado pelo licenciante.
Não há restrições adicionais - Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outros para fazer qualquer uso permitido pela licença.