Liberdade é Trabalho e Cansaço: contribuições para o debate sobre interseccionalidade
DOI:
https://doi.org/10.22481/odeere.v6i01.8620Palavras-chave:
interseccionalidade, racismo, liberdade, mulheres negras, condições de vidaResumo
O presente artigo busca articular reflexões a partir da teoria da interseccionalidade. Nesse campo, a questão da liberdade é um ponto importante e é antípoda do racismo. A forma pela qual as mulheres negras afirmam a liberdade, individual ou coletivamente, produz resultados políticos e sociais. Neste artigo buscamos analisar a percepção da liberdade no cotidiano. Foram entrevistadas mulheres negras de diferentes níveis de escolaridade, em idade reprodutiva, residentes do sudoeste baiano. A liberdade se apresenta como uma possibilidade que advém de conquistas econômicas e sociais. É, nesse sentido, resultante de lutas coletivas e sociais. O racismo é, então, uma barreira importante a ser considerada a partir da teoria da interseccionalidade. A estruturação de sentidos e significados construídos nas narrativas do cotidiano pode auxiliar na compreensão das condições sociais e de vida das mulheres negras e orientar hipóteses de pesquisa e de ação política.
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