Mulheres que ecoam Saberes: idiossincrasia e oximoro linguístico nas elocuções das rezadeiras e benzedeiras do médio sertão maranhense
DOI:
https://doi.org/10.22481/odeere.v7i1.9937Palavras-chave:
Rezas, Benzimentos, Hibridismo linguístico, Sertão maranhenseResumo
A pesquisa foi realizada na região do médio sertão maranhense, nordeste do Brasil. A diversidade sociolinguística no Brasil é bem marcante, sobretudo, considerando o amalgamento entre as três principais matrizes da formação da cultura nacional (europeus, indígenas e africanos). Nesse contexto, as rezas e os benzimentos, muito comum em todo território nacional brasileiro, se tornaram elementos fundantes da nossa análise, quando passamos a investigar a hibridização linguísticas presentes nas elocuções das práticas relacionadas às terapias das rezadeiras e benzedeiras. Os conhecimentos dessas especialistas estão alicerçados a valores adquiridos por gerações passadas transmitidos pela via da empiria popular e que, hipoteticamente, sobrevivem em tempos atuais interconectados por vários dilemas. Teoricamente dialogamos com a perspectiva do inconsciente e o poder da fala, procurando identificar entre essas especialistas os ecos dos saberes. A metodologia empregada foi a observação direta, prevalecendo a participação nos principais rituais/cerimoniais e acompanhamento das rezadeiras durante os trabalhos terapêuticos em um período de seis meses. Foi utilizado instrumentais contemporâneos de coletas de dados, tais como conversas via mídias digitais, produção de vídeos que se tonaram posteriormente pressupostos analíticos. O resultado constatado revela-nos uma hibridização plural nas elocuções das rezas e benzimentos, configurando identidades específicas para essas especialistas.
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