Circularidade dos conselheiros da CEB/CNE (1996-2002)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/praxisedu.v18i49.10292

Palavras-chave:

cultura política, Conselho Nacional de Educação, política educacional

Resumo

O artigo analisa as tensões, negociações e disputas produzidas pelos conselheiros da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação focalizando as instituições pelas quais circularam. Como fundamentação teórico-metodológica, assume a análise crítico-documental e utiliza como ferramenta o software Gephi. Adota como fontes os Currículos Lattes dos sujeitos e busca geral no Google. Os resultados apontam a existência de dois diferentes grupos: um destinado a fortalecer o projeto educacional do Executivo Federal; e outro destinado a tensionar esse projeto. Além disso, a circulação dos conselheiros por relevantes espaços a partir do fim de seus mandatos indicia que a cultura político-educacional constituída entre 1996 a 2002 continuou a influenciar as políticas educacionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Heitor Lopes Negreiros, Universidade Federal do Espírito Santo - Brasil

Mestre em Educação pela Ufes. Doutorando em Educação pela Ufes. Membro do Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (Proteoria). Contribuição de autoria: O autor levantou e organizou os dados, e realizou as análises - http://lattes.cnpq.br/0144415848678374

Gilda Cardoso de Araujo, Universidade Federal do Espírito Santo - Brasil

Doutora em Educação pela USP. Docente na Universidade Federal do Espírito Santo. Lider do grupo Federalismo e Políticas Educacionais. Contribuição de autoria: A autora contextualizou o estudo e refinou as análises - http://lattes.cnpq.br/7184033522040803

Wagner dos Santos, Universidade Federal do Espírito Santo - Brasil

Doutor em Educação pela Ufes. Docente na Universidade Federal do Espírito Santo. Lider do Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (Proteoria). Bolsista do CNPq. Contribuição de autoria: o autor refinou o tratamento dos dados a partir do software - http://lattes.cnpq.br/9611663248753416

Referências

BERSTEIN, Serge. Culturas políticas e historiografia. In: AZEVEDO, C. et al. Cultura política, memória e historiografia. Editora FGV, 2009. p. 29-46.

BERSTEIN, Serge. Os partidos. In: REMOND, R. (org.). Por uma história política. Rio de Janeiro. Editora FGV, 2003. p. 57-98

BIZZO, Nélio Vicenzo. [Entrevista concedida à] Univesp TV. 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yESytG_O9pE&t=839s. Acesso em 5 dez. 2020.

BLOCH, Marc. Apologia da história: ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.

BRASIL. Decreto de 15 de março de 2002. Ministério da Educação e do Desporto, Brasília, DF, 15 mar. 2002.

BRASIL. Lei nº. 9.131, de 24 de novembro de 1995. Altera dispositivos da Lei nº. 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, p. 19.257, 25 nov. 1995. Edição extra.

BRASIL. Portaria n.º 31, de 8 de janeiro de 2002. Ministério da Educação e do Desporto, Brasília, DF, 31 jan. 2002.

BRASIL. Portaria nº 1.455, de 29 de novembro de 1995. Ministério da Educação e do Desporto, Brasília, DF, 29 nov. 1995.

BRASIL. Portaria nº 150, de 15 de fevereiro de 2000. Ministério da Educação e do Desporto, Brasília, DF, 15 fev. 2000.

BRASIL. Portaria nº 27, de 22 de janeiro de 1996. Ministério da Educação e do Desporto, Brasília, DF, 22 jan. 1996.

BRASIL. Portaria nº 3 de 7 de janeiro de 1998. Ministério da Educação e do Desporto, Brasília, DF, 7 jan. 1998.

CIAVATTA, Maria, RAMOS, Marise. A: a disputa pelo projeto de educação dos mais pobres. Revista Brasileira de Educação, v. 17, n. 49, p.11-37, abr. 2012.

CNBB. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Educação no Brasil: uma urgência. Revista de Educação AEC, Brasília, v. 19, n. 75. 1990.

CURY Carlos Roberto Jamil. Carlos Roberto Jamil Cury: intelectual e educador. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.

CURY, Carlos Roberto Jamil. O público e o privado na educação brasileira: posições e tendências. Cadernos de Pesquisa, n. 81, p. 33-43, 1992.

GINZBURG, Carlo. A micro-história e outros ensaios. Lisboa: Difel, 1991.

GINZBURG, Carlo. Mitos emblemas e sinais. São Paulo: Companhia das Letras,1989.

JOSGRILBERG, Rui Souza. Celebrar a educação na visão metodista: a propósito dos 45 anos do Cogeime. Revista de Educação do Cogeime, v. 21, n. 41, p. 69-78, 2012.

LEMOV, Doug. A Aula Nota 10. São Paulo: Editora Safra. 2011.

LÜDKE, Hermengarda Alves. Pesquisa em educação: conceitos, políticas e práticas. In: GERALDI, C. M. G.; FIORENTINI, D.; PEREIRA, M. A. (org.). Cartografias do trabalho docente: professor(a) - pesquisador(a). Campinas: Mercado de Letras, 1998. v. 1, p. 23-32.

MAIA, Almir de Souza. Instituições metodistas de ensino. Revista de Educação do Cogeime, v. 6, n. 10, p. 9-12, 1997.

MELLO, Guiomar Namo. [Entrevista concedida ao] canal Univesp, 2012. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=A_qqDUYG5Ko. Acesso em: 4 fev 2020.

MELLO, Guiomar Namo. Currículo da educação básica no Brasil: concepções e políticas. Disponível em: https://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2015/09/guiomar_pesquisa.pdf. Movimento pela Base. 2014a. Acesso em: 22 dez. 2020.

MELLO, Guiomar Namo. Social democracia e educação: teses para discussão. São Paulo: Cortez, 1990.

MONLEVADE, João Antônio Cabral. Valorização salarial dos professores: o papel do piso salarial profissional nacional como instrumento de valorização dos professores da educação básica pública. 2000. 317 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000.

MOTTA, Vânia Cardoso.; FRIGOTTO, Gaudêncio. Por que a urgência da reforma do ensino médio? Medida Provisória nº 746/2016 (lei nº 13.415/2017). Educação e Sociedade, Campinas, v. 38, nº. 139, p. 355-372, abr./jun. 2017.

PINHEIRO, Ana Luiza Machado. A Educação no país evoluiu, mas ainda não é para todos. [Entrevista concedida à] Revista Nova Escola. 2008. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/980/ana-luiza-machado-a-educacao-no-pais-evoluiu-mas-ainda-nao-e-para-todos. Acesso em: 4 dez. 2020.

PINHEIRO, Ana Luiza Machado. Financiamiento y gestión de la educación en América Latina y el Caribe. Seminario Cepal/Unesco San Juan. Unesco, 2004.

RIOUX, Jean-Pierre. A associação em política. In: RÉMOND, R. (org.). Por uma história política. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.

SCARFONI, Eduardo; GONÇALVES, Mauro Castilho. Uma tradição inventada: a história da escola particular no Brasil, sob a interpretação do intelectual católico Kuno Paulo Rhoden em 1985. Cadernos de História da Educação, v. 19, n. 2, p. 535-543, maio 2020.

SILVA, Andréia Ferreira. O Conselho Nacional de Educação e as políticas de privatização da educação superior no governo de FHC. Intera-Ação, Goiânia, v. 30, n. 1, p. 75-98, jan./jun. 2005.

SILVA, Mônica Ribeiro. A BNCC da Reforma do Ensino Médio: o resgate de um empoeirado discurso. Educação em Revista, v. 34, p. 1-15, 2018.

SIRINELLI, Jean-François. Os intelectuais. In: RÉMOND, R. (org.). Por uma história política. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2003.

SOUZA, Paulo Renato. A revolução gerenciada: educação no Brasil 1995-2002. Financial Times BR, 2005.

TODOS PELA EDUCAÇÃO (TPE). Educação Já!: sistema de cooperação federativa na educação. 2018.

Downloads

Publicado

2022-06-07

Como Citar

NEGREIROS, H. L. .; ARAUJO, G. C. de; SANTOS, W. dos. Circularidade dos conselheiros da CEB/CNE (1996-2002). Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 18, n. 49, p. e10292, 2022. DOI: 10.22481/praxisedu.v18i49.10292. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/10292. Acesso em: 19 abr. 2024.