O Partido Comunista do Brasil e a militância feminina

Autores

  • Daniella Ataíde UESB
  • Maria Aparecida Silva de Sousa Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22481/rbba.v10i01.8803

Palavras-chave:

Memória, Militância Feminina, PCB

Resumo

O presente artigo busca refletir acerca do silenciamento a que foi destinada a militância feminina no interior do Partido Comunista do Brasil e nas páginas da historiografia produzida por militantes desta organização. Através dessa perspectiva, pensar como algumas lideranças do PCB elaboraram suas concepções sobre a militância feminina e como rememoraram suas trajetórias politicas. Essencialmente indagamos sobre o esquecimento a que foram relegadas as mulheres militantes por seus companheiros, sobretudo no que diz respeito à memória do partido, na tentativa de problematizar questões ainda não enfocadas por parte da historiografia sobre o movimento operário.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALVES, Iaracélli da Cruz. A política no feminino: uma história das mulheres no Partido Comunista do Brasil – Seção Bahia (1942-1949). Feira de Santana, 2015.

ANDRADE, Joana El-Jaick. A mulher e o socialismo: incorporação da emancipação feminina à pauta da social democracia. Lutas Sociais, São Paulo, n.24, p.09-17, 2010.

BATALHA, Claudio Henrique de Morais. O movimento operário na Primeira República. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2000.

______. A historiografia da classe operária no Brasil: trajetória tendências. In: FREITAS, Marcos Cezar de. Historiografia Brasileira em perspectiva. São Paulo: Contexto, 1998, p. 145-158.

BEBEL, Ferdnand August. A mulher e o socialismo. Alemanha, 1879. Capitulo 23 Disponível em https://www.marxists.org/portugues/bebel/1879/mulher/28.htm Acesso: 10 de maio de 2016.

BERGSON, Henri. Matéria e Memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito.São Paulo: Martins Fortes, 1999.

BITTENCOURT, Ícaro. O operariado no Brasil da Primeira República: alguns apontamentos teórico-metodológicos e historiográficos. Revista Social e Humana, Santa Maria, v. 20, n. 01, jan/jun 2007, 141-151.

BRAGA, Elizabeth dos Santos. A constituição social da memória: uma perspectiva histórico-cultural. Ijuí - Rio Grande so Sul: Ed. Unijuí, 2000.

CARONE, Edgar. Classes sociais e movimento operário. São Paulo: Ática, 1989.

CHILCOTE, Ronald H. O Partido Comunista Brasileiro. Rio de Janeiro: Graal,

COSTA, Albertina. et. al. Memórias das mulheres do exílio. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

COSTA, Albertina de Oliveira e BRUSCHINI, Cristina. Uma questão de gênero. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos; São Paulo: Fund ação Carlos Chagas, p. 289-309, 1992.

COLLING, Ana Maria. A construção do sujeito político mulher “subversiva”. Contexto e Educação, Ijuí, v. 9, n. 35, p. 16-23, jul/set. 1994.

CUNHA, M. de F. Mulher e historiografia: da visibilidade à diferença. História e Ensino. Revista do Laboratório de Ensino de História, v. 6, p. 141-161, 2000.

DEL PRIORE, M. A mulher na história do Brasil. São Paulo: Contexto, 1994.

______. História das mulheres: as vozes do silêncio. In: FREITA, S. (Org.). Historiografia brasileira em perspectiva. 4.ed. São Paulo: Contexto, 2001. p. 217-235.

DEL ROIO, Marcos. A classe operária na revolução burguesa: a política de alianças do PCB: 1928-1935. Belo Horizonte: Oficina de Livros, 1990.

FALCÃO, Frederico José. Organizações Revolucionárias no Brasil: itinerários de integração à ordem. Rio de Janeiro: UFRJ/CFCHESCOLA de Serviço Social, 2010. Disponível em http://www.cpihts.com/PDF05/Frederico%20Falc%C3%A3o.pdf em 08 de Julho de 2016.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. Tradução: Laís Teles Benoir, São Paulo: Centauro, 2004.

HARDMAN, Francisco Foot. Nem pátria, nem patrão! Memória operária, cultura e literatura no Brasil. 3ª ed. São Paulo: UNESP, 2002.

HIRATA, Helena. KERGOAT, Daniéle. A Classe operária tem dois sexos. Revista Estudos Feministas. Rio de Janeiro, v.2, n.3, 1994.

KAREPOVS, Dainis. Luta Subterrânea: o PCB em 1937-1938. São Paulo, Hucitec. UNESP, 2003.

KONDER, Leandro. A derrota da dialética: a recepção das ideias de Marx no Brasil até o começo dos anos trinta. Rio de Janeiro: Campus, 1988.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. 4ª ed. Campinas/SP: UNICAMP, 2003.

OLIVEIRA, Luan Eloy. Memória e História das Lutas Sociais no Brasil: um estudo sobre a obra de Everardo Dias (1962). Vitória da Conquista, 2015.

PANDOLFI, Dulce Chaves. Camaradas e Companheiros: memória e história do PCB. Rio de Janeiro: Relume-Dumará – Fundação Roberto Marinho, 1995.

PENA, Maria Valéria Junho. Mulheres e Trabalhadoras. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.

POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. In: Estudos Históricos, Rio de Janeiro: vol. 2, nº 3, 1989.

______. Memória e identidade social. In: Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, nº 10, 1992;

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas - SP: Editora da Unicamp, 2007.

SAFFIOTI, Heleieth I. B. A mulher na sociedade de classes. São Paulo: Expressão Popular, 2013.

Downloads

Publicado

2021-06-07

Como Citar

Ataíde, D., & Silva de Sousa, M. A. . (2021). O Partido Comunista do Brasil e a militância feminina. Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo Entre As Ciências, 10(01), 195-213. https://doi.org/10.22481/rbba.v10i01.8803

Edição

Seção

Artigos de Fluxo Contínuo