“MEU CORPO, MEU PARTO”: CARTOGRAFIAS DO CORPO FEMININO NO YOUTUBE

Autores/as

  • Aline Fernandes de Azevedo

Palabras clave:

Corpo, Parto humanizado, Ideologia, Resistência

Resumen

Neste artigo, abordo a questão da produção de imagens do corpo na rede de sociabilidade Youtube, a partir do referencial teórico da Análise de Discurso, especialmente da vertente que se desenvolve tendo como base a obra de Pêcheux (2009; 1990). Para tanto, apresento a análise de um vídeo que circula na Web e que integra o movimento pelo parto humanizado, levantando questões acerca da prática de publicização do corpo e da vida privada em sites de compartilhamento e redes sociais. Neste trajeto de sentidos, procuro articular o conceito de cartografias do corpo à videobiografia do cotidiano, em especial no que concerne à produção audiovisual do momento do nascimento e da possibilidade de resignificação do corpo feminino. Interessa-nos, portanto, investigar os sentidos de corpo e parto que se constituem na materialidade significante audiovisual, considerando a história e a ideologia como constitutivas desse processo. Levando em conta os mecanismos de identificação (PÊCHEUX, 2009) e individualização (ORLANDI, 2012), busco compreender essa prática de exposição audiovisual do corpo como modo de dar visibilidade a um gesto de resistência, procurando entender em que medida, pela contradição latente, o parto humanizado domiciliar pode constituir uma linha de fuga ao universalismo do discurso médico e à medicalização da vida.

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