A educação intercultural e os desafios para a escola e docentes do campo
DOI:
https://doi.org/10.22481/sertanias.v3i2.10555Palavras-chave:
Educação do campo, Formação docente, InterculturalidadeResumo
O presente artigo objetiva analisar o processo de ensino aprendizagem em contextos campesinos à luz da educação intercultural. Por meio da pesquisa qualitativa e com o método da revisão sistemática da literatura, realizou-se estudos observacionais sobre a Educação intercultural, a fim de perceber de que forma a escola e os docentes têm evidenciado e priorizado a educação na perspectiva da interculturalidade, respeitando as diferenças e fortalecendo a identidade dos sujeitos do campo. Foram analisados alguns estudos publicados nos periódicos da CAPES e na BDTD. Constatou-se com a pesquisa que a educação dialógica e desprendida de estereótipos discriminatórios são princípios básicos das práticas pedagógicas interculturais, bem como a necessária formação intercultural dos docentes para atuarem nas escolas do campo. Contudo, há grandes desafios e contradições na formação docente para atuação nas escolas do campo que passam pela construção de currículos capazes de dialogar com a temática. Enfim, o estudo destaca a necessidade de se discutir/problematizar as contradições entre a formação de professores e a educação intercultural sob a ótica de epistemologias pluralistas, contra hegemônicas e emancipadoras, pois, só assim, os sujeitos do campo serão reconhecidos e respeitados, tanto na diferença e como no seu lugar de fala.
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