A EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA NA BAIXINHA: OLHARES SOBRE A ESCOLA JORGE MARTINS
DOI:
https://doi.org/10.22481/sertanias.v3i1.12013Palavras-chave:
Educação, Quilombo, IraráResumo
Este artigo é o resultado de discussões e pesquisas desenvolvidas no Quilombo da Baixinha – Irará/Bahia, durante a pesquisa de mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação em Estudos africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras (PPGEAFIN), defendido em 2020 pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Os resultados apresentados nesse trabalho, inicialmente, foram divulgados em 2018, em um evento desenvolvido pelo Enneabi e está publicado nos anais do evento. Traremos aqui uma atualização e ampliação dos dados, especialmente sobre a Escola Jorge Martins da Silva e sua dinâmica sendo uma escola pertencente a um território quilombola. A pesquisa se apoia nos pressupostos teórico-metodológicos da pesquisa qualitativa LUDKE e ANDRÉ (2005), Minayo (2009). Da História Oral Le Goff (1999), Meihy (1996). Recorremos aos escritos de Moura (1999), Moura, (2001) e Oliveira (2006) para dialogar sobre quilombos. As análises sobre a escola baseiam-se na Lei n° 10.639/03, que altera a Lei 9394/96 e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola aprovadas em 2012, o que garante a todos os alunos o reconhecimento e a valorização de sua cultura, de sua história, de sua identidade e, dessa forma, o combate ao racismo e às discriminações, promovendo justiça social. São ainda consideradas referências imprescindíveis na realização deste trabalho Moura, (2006), Maroun, Oliveira e Carvalho (2013).
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