A atuação dos aparelhos privados de hegemonia para controle da educação
DOI:
https://doi.org/10.22481/praxisedu.v21i52.14891Palavras-chave:
aparelhos privados de hegemonia, base nacional comum curricular, empresariamento da educaçãoResumo
O artigo analisa a participação dos Aparelhos Privados de Hegemonia - APH na criação de consenso em torno da implementação da BNCC e sua articulação para manter a hegemonia. Consiste em um recorte das análises preliminares da Pesquisa “A BNCC no controle da educação pública: mecanismos neoliberais para conter as perspectivas educacionais emancipatórias,” realizada no âmbito da Rede Diversidade e Autonomia na Educação Pública - REDAP, sob a coordenação da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Universidade Federal de Alagoas - UFAL e Universidade Federal da Bahia - UFBA. Trata-se de uma pesquisa matricial, de abordagem qualitativa buscando compreender os efeitos da BNCC na educação pública. O procedimento metodológico foi a revisão de literatura e o levantamento de informações em plataformas e sites das fundações e institutos especialmente, os sites do Todos Pela Educação e do Movimento pela Base. O método de pesquisa é o Materialismo Histórico-Dialético orientado pela perspectiva gramsciana, a partir das categorias hegemonia, consenso e Aparelho Privado de Hegemonia - APH. Os dados preliminares apontam que os APH formam uma rede com uma variedade de ações em torno da gestão da educação e da formação continuada dos setores ligados à escola, inserindo a educação na lógica do mundo empresarial.
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