Tornar a pedra "pedrosa": uma teoria mínima da forma poética
Palabras clave:
Forma poética, Linguagem, Inovação, EntropiaResumen
O ensaio se propõe abordar a questão "O que é a forma poética?" a partir de uma perspectiva pragmática, ou seja, a partir de uma consideração sobre o que fazemos ao produzir uma novidade na linguagem. A inovação é estruturalmente uma categoria comunicacional: assim como cada ato de produção formal envolve a totalidade de uma prática lingüística, o funcionamento da prática depende do poder de inovação do ato individual. Através da terminologia da teoria da informação, a economia da novidade de uma prática emerge das tendências opostas à compressão (ao ganho em tensão diferencial) e à redundância (a perda em tensão diferencial). Sem a permanente remtroduçào poética da novidade a prática perderia a sua energia diferencial, perdendo a sua capacidade de funcionamento: a inovação não é opcional para a práxis humana, mas sim um requerimento indispensável. A dinâmica criada pelo jogo entre as duas tendências abre uma perspectiva pela qual a forma se torna plenamente quantificável. Isso pode ser descrito através de um conceito de gradiente que permita distinguir estruturalmente entre as práticas de alta e de baixa inovatividade — destarte introduzindo um modelo do poético aplicável no espectro que vai da linguagem cotidiana ao discurso literário.