Educação quilombola: entre o mito e o fato

Autores

  • Thaís Alves Marinho

Palavras-chave:

Educação quilombola, Culturalismo, Diversidade, Universalidade, Identidade

Resumo

Esse artigo visa avaliar como a educação para a diversidade foi inserida na comunidade remanescente de quilombo Kalunga, do nordeste de Goiás. A ideia é avaliar as diretrizes seguidas por esse modelo de educação, bem como os dilemas inaugurados por essa mudança no modelo de educação formal. A hipótese é de que a educação voltada para a diversidade, fundamentada na disseminação da contribuição sócio-histórica da cultura africana e quilombola, trouxe novos desafios para a forma própria de viver e se organizar desenvolvida naquele território, uma vez que adiciona uma exigência culturalista e essencialista para o reconhecimento do valor do grupo. Para compreendermos essa dinâmica analiso o conteúdo de dois livros didáticos, escritos especialmente para atender a demanda sócio-educativa da comunidade e apresento os resultados de um estudo etnográfico que demonstram que a organização territorial particular Kalunga, não está necessariamente fundamentada numa origem comum africana, quilombola ou afrodescendente, o que complexifica o processo de implementação da educação quilombola, cujo propósito é combater a homogeneização cultural, por meio da valorização e do resgate da cultura africana e quilombola.

 

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Publicado

2014-12-10

Como Citar

MARINHO, T. A. Educação quilombola: entre o mito e o fato. Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 11, n. 18, p. 65-89, 2014. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/801. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê temático