“Sapatos ao mato”: o sentimento de “um triste homem que vem preso” pelo Santo Ofício

Autores

  • Suzana Maria de Sousa Santos Severs

Palavras-chave:

América Portuguesa, Inquisição, Sensibilidades

Resumo

João de Moraes Montesinhos seria um anônimo na história não fosse a carta de próprio punho remetida aos inquisidores lisboetas denunciando os maus-tratos sofridos pelas mãos de um Familiar do Santo Ofício durante o traslado que o levava preso das Minas do Ribeirão do Carmo para o porto no Rio de Janeiro, onde embarcaria para o tribunal de Lisboa (1729). Esta carta é fonte raríssima e nos dá a dimensão do sentimento de um prisioneiro, incerto quanto ao seu fim, certo de seus sofrimentos. Neste artigo apresentamos o conteúdo da missiva no que tange à subjetividade do réu ante seus carrascos, à violência que sofreu e como expressou sua dor. Um testemunho que não pode ser menosprezado, posto que reflete a alma de qualquer indivíduo subjugado e as relações de poder emergidas das tensões orquestradas por uma instituição totalitária e racista.

 

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Publicado

2013-02-04

Como Citar

Severs, S. M. de S. S. (2013). “Sapatos ao mato”: o sentimento de “um triste homem que vem preso” pelo Santo Ofício. Politeia - História E Sociedade, 11(1). Recuperado de https://periodicos2.uesb.br/index.php/politeia/article/view/3795