FOR AN ANPPLIED NA ANTI-RACIST, DECOLONIAL AND MILITANT LINGUISTICS: RACISM AND WHITENESS AND THEIR SOCIAL EFFECTS
DOI:
https://doi.org/10.29327/232521.8.1-9Keywords:
Applied Linguistics Antirracist, Whiteness, decolianilityAbstract
In the field of Brazilian Applied Linguistics there are some researches (FERREIRA, 2015; MUNIZ, 2016, 2020; NASCIMENTO, 2019, 2020; SOUZA, 2011, 2020) that mobilize the categories of language, identity and race in a nested way. In addition, in our area, we have had an increasingly decolonial turn () that has sought “alternatives, without the purisms or fundamentalisms characteristic of coloniality, for the construction ofdecolonialities in the understanding of the world and social life” ( GUIMARÃES; VESZ, 2019, p. 7-8). In this sense, this article argues in favor of an antirracist, decolonial and militant Applied Linguistics. To this end, I conduct a discursive-pragmatic analysis of the textual trajectory of speech acts related to black and white racial identities on Facebook in order to demonstrate the relationships between language, coloniality, whiteness and racism as well as the need for a decolonial perspective of language in LA. As theoretical-methodological contributions, I have based on linguistic research in the applied field that has focused on the relationships between language, racism and (un) colonialities (PINTO, 2010, 2011, 2012, 2014a, 2018; MUNIZ; 2016; NASCIMENTO, 2019), the authors / authors of contemporary decolonial criticism (FANON, 2008; KILOMBA, 2019; MIGNOLO, 2006; QUIJANO, 2010) as well as in analytical categories from linguistic anthropology (BAUMAN & BRIGGS, 1990). I concluded that our linguistic practices are racialized and therefore language cannot do without being analyzed in its articulation with colonial processes and with the forms of subjectivitythat participate (r) am in the construction of racial bodies and identities throughout the world-system -patriarcalcapitalist-colonial-modern (GROSFOGUEL, 2010).
Downloads
References
ALMEIDA FILHO, José. Linguística Aplicada, aplicação de linguística e ensino de línguas. In: KLEIMAN, A; CAVALCANTE, M. (Org). Linguística Aplicada, Ensino de Línguas e Comunicação. Campinas - SP: Pontes, 2005, p. 11-21.
ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo. Pólem, 2019.
AUSTIN, J. Quando dizer é fazer: palavras e ação. Tradução de Danilo Marcondes de Souza Filho. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
BAUMAN, Richard; BRIGGS, Charles. Poética e Performance como perspectivas críticas sobre a linguagem e a vida social. Trad. Vânia Z. Cardoso. ILHA (Revista de Antropologia), 1990, p. 185-229.
BENTO, Maria Aparecida. Branqueamento e branquitude no Brasil. CARONE, I; BENTO, M. (Orgs). Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002, p. 25-58.
BHABHA, Homi. O local da cultura. Trad. Myriam Ávila [et. al]. 2 ed. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2013.
BONFIM, Marco A L; ALENCAR; Claudiana. Trajetórias textuais, indexicalidade e recontextualizações de resistência no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Cadernos de Linguagem e Sociedade, v. 18, 2017. p. 27-44.
BONFIM, Marco A L. Pragmática dos corpos militantes no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Ceará. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada). Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da UECE. Fortaleza, 2016.
BLOMMAERT, Jan. A sociolinguistics of globalization. Cambridge: Cambridge University Press, 2010.
CARDOSO, Lourenço. Branquitude acrítica e crítica: A supremacia racial e o branco antiracista. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, v. 8, 2010. p. 607-630.
CAVALCANTI, Marilda. A propósito de linguistica aplicada. Trabalhos em Linguística Aplicada, n. 7, v.2. p.5-12, 1986.
CORREA, Djane; FRAGA, Letícia; COUTO, Lígia; BRAGA, Luciamar (Orgs). O sujeito acadêmico: descolonização do conhecimento? Campinas: Pontes, 2019, v.1, p. 127-146.
DOMINGUES, Petrônio. O mito da democracia racial e a mestiçagem no Brasil. Dialogos Latinoamericanos, Dinamarca, v. 10, n.10, p. 117-132, 2005.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador, EDUFBA, 2008.
GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil. Educação antirracista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03.
Ministério da Educação e Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Brasília, 2005.
GOMES, Nilma. Entrevista. Revista Linguagem em Foco. v.8, n.2. Fortaleza, 2016.p.115-122.
GOMES, Nilma. Relações Étnico-Raciais, Educação e Descolonização dos Currículos. Currículo sem Fronteiras, v. 12, 2012. p. 98-109
GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. In: SOUSA
SANTOS, Boaventura; MENEZES, Maria Paula (Orgs.). Epistemologias do sul. São Paulo: Cortez, 2010. p.455-491.
GUIMARÃES, Antonio Sérgio. Cor e raça: Raça, cor e outros conceitos analíticos. In PINHO, O; SANSONE, L. (Orgs). Raça: novas perspectivas antropológicas. 2 ed. rev. Salvador: Associação Brasileira de Antropologia: EDUFBA, 2008.p.63-82.
GUIMARÃES, Thayse; VESZ, Fernando. Apresentação: práticas linguísticas e construção de (des)colonialidades na contemporaneidade. Dossiê Práticas linguísticas e (Des)colonialidades. RAÍDO, v.13, n.33, 2019. p.7-9.
KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano. Trad. Jess Oliveira. Rio de Janeiro, Cobogó, 2019.
KLEIMAN, Ângela. Agenda de pesquisa e ação e Linguística Aplicada: problematizações. In: MOITA LOPES, L. P. (Org). Linguística aplicada na modernidade recente: festschrift para Antonieta Celani. São Paulo: Parábola, 2013.p.39-58.
KRESS, Gunter; Van LEEUWEN, T. Multimodal Discourse: The Modes and Media of Contemporary Communication. London: Arnold, 2001.
LIMA, Ana Maria; LIMA, GONÇALVES, Carla Jéssica. A argumentação como proposta discursiva dos memes. Revista Tecnologias na Educação, v. 19, p. 1-13, 2017.
LOPES, Adriana. Funk-se quem quiser no batidão negro da cidade carioca. Tese (Doutorado em Linguística). Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem/ IEL, Universidade Estadual de Campinas/ UNICAMP, 2010.
MANCEBO, Deise. Crise político-econômica no Brasil: breve análise da educação superior. Revista Educação e Sociedade, v.38, n.141, out-dez, 2017.
MIGNOLO, Walter. Histórias Locais / Projetos Globais: Colonialidade, Saberes Subalternos e Pensamento Liminar. (Trad.: Solange Ribeiro de Oliveira). Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2006.
MOITA LOPES, Luiz Paulo. (Org.). Como e porque teorizar o português: recurso comunicativo em sociedades porosas e em tempos híbridos de globalização cultural. O português no século XXI: cenário geopolítico e sociolinguístico. São Paulo: Parábola, 2013.
MOITA LOPES, Luiz Paulo. (org.). Por uma linguística aplicada INdisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.
MOITA LOPES, Luiz Paulo. Da aplicação de Linguística à Linguística Aplicada indisciplinar. PEREIRA, R. C.; ROCA, P. (Org). Linguística Aplicada: um caminho com diferentes acessos. São Paulo: Contexto, 2011. p.11-24.
MOITA LOPES, Luiz Paulo; FABRÍCIO, Branca. Viagem textual pelo sul global: ideologias linguísticas queer e metapragmáticas translocais. Linguagem em (Dis)curso – LemD, Tubarão, SC, v. 18, n. 3, set./dez. 2018. p. 759-784.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
MUNIZ, Kassandra. Ainda sobre a possibilidade de uma linguística “crítica”: performatividade, política e identificação racial no Brasil. DELTA , n.32, 2016.
NASCIMENTO, Gabriel. Racismo linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo. Belo Horizonte: Letramento, 2019.
OTTONI, P. Visão performativa da linguagem. Campinas: Editora da UNICAMP, 1998.
PINTO, Joana . Modernidade e diferença colonial nos discursos hegemônicos sobre língua no Brasil. Muitas Vozes, v. 1, p. 171-180, 2012.
PINTO, Joana. Da língua-objeto à práxis Linguística: Desarticulações e Rearticulações contra hegemônicas. Revista Linguagem em Foco. Fortaleza, 2010.p.69-83.
PINTO, Joana. Estilizações de gênero em discurso sobre linguagem. Campinas. Tese (Doutorado em Linguística). Instituto de Estudos da Linguagem/ IEL, Universidade Estadual de Campinas/ UNICAMP, 2002.
PINTO, Joana. Gênero e suas articulações para igualdade e pluralidade na educação linguística. FERREIRA, A; JOVINO, I; SALEH, P. (Orgs). Um olhar interdisciplinar acerca de identidades sociais de raça, gênero e sexualidade. Campinas: Pontes, 2014b.p.103-122.
PINTO, Joana. Hegemonias, contradições e desafios em discursos sobre língua no Brasil.
CORREA, Djane (Orga). Política linguística e ensino de língua. Campinas-SP: Pontes, 2014a.p. 59-72.
PINTO, Joana. Ideologias linguísticas e a instituição de hierarquias raciais. Revista ABPN, v. 10, p. 704-720, 2018.
PINTO, Joana. Prefiguração identitária e hierarquias linguísticas na invenção do português. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo. (Org.) O português no século XXI: cenário geopolítico e sociolinguístico. São Paulo: Parábola, 2013. p.120-143.
PINTO, Joana; AMARAL, Daniella. Corpos em trânsito e trajetórias textuais. Revista da ANPOLL (Online), v. 1, p. 151-164, 2016.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010. p.84-129.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. LANDER, E (Org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Colección Sur Sur, CLACSO, Buenos Aires, 2005.p.107-130.
RAJAGOPALAN, Kanavillil. A pesquisa política e socialmente compromissada em pragmática. In: SILVA, D.; ALENCAR, C.; FERREIRA, D. (Orgs.). Nova Pragmática: modos de fazer. São Paulo: Cortez, 2014.p.101-126.
RAJAGOPALAN, Kanavillil. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
RAJAGOPALAN, Kanavillil. Resposta aos meus debatedores. In: RAJAGOPALAN, K; LOPES, F. (orgs.). A linguística que nos faz falhar: uma investigação crítica. São Paulo, Parábola Editorial, 2004. p. 166-128.
RAJAGOPALAN, Kanavillil; FERREIRA, Dina (Orgs). Políticas em linguagem: perspectivas identitárias. São Paulo: Editora Mackenzie, 2006.
SALES JÚNIOR, R. Democracia racial: o não-dito racista. Revista Tempo Social, v.18, n.2, nov. São Paulo, 2006.p. 229-258.
SANTOS, Antonio Bispo. Colonização, quilombos, modos e significados. Brasília, 2015.
SCHUCMAN, Lia. Branquitude e Privilégio. In: Maria Lucia da Silva; Marcio Farias, Maria Cristina Ocaris, Augusto Stiel Neto. (Org.). Violência e Sociedade: O racismo como estruturante da sociedade e da subjetividade do povo Brasileiro. 1ed.São Paulo: Editora Escuta, 2018, v. 1, p. 137-150.
SCHWARCZ, Lilia. O espetáculo das raças.7.ed. 7. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
SIGNORINI, Inês. Metapragmáticas da língua em uso: unidades e níveis de análise. In: Inês
Signorini. Org. Situar a lingua[gem]. São Paulo: Parábola, 2008.
SIGNORINI, Inês. Política, língua portuguesa e globalização. In: MOITA LOPES. (Org.) O português no século XXI: cenário geopolítico e sociolinguístico. São Paulo: Parábola, 2013a.pp.74-100.
SILVA, Daniel. Enregistering the nation: Bolsonaro’s populist branding of Brazil. Urban Language & Literacies, v. 252, 2019. p.1-27.
SILVA, Daniel. ‘A propósito de Linguística Aplicada’ 30 anos depois: quatro truísmos correntes e quatro desafios. DELTA, vol.31, p.349-376, 2015.
SILVA, Daniel. O texto entre a entextualização e a etnografia: um programa jornalístico sobre belezas subalternas e suas múltiplas recontextualizações. Linguagem em (Dis)curso, Tubarão, SC.v.14,n.1, 2014.p.67-84.
SILVERSTEIN, Michel. Indexical order and dialectics of sociolinguistic life. Language & Communication, v. 23, n. 3-4, p 193-229, Jul.-Out. 2003.
SOUSA SANTOS, Boaventura; MENEZES, Maria Paula (Orgs.). Epistemologias do sul. São Paulo: Cortez, 2010.
SOUZA, Neusa. Tornar-se Negro: as vicissitudes da identidade do negro Brasileiro em Ascensão Social. Rio e Janeiro: Edições Graal,1983.
SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? 1. ed. Trad. Sandra Regina Goulart Almeida; Marcos Pereira Feitosa; André Pereira. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Língu@ Nostr@

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.