As construções com o conector mas e a contra-argumentação na organização tópica de uma elocução formal
DOI:
https://doi.org/10.22481/lnostra.v5i2.13223Palabras clave:
rticulação tópica. Contra argumentação. Elocução formal. Mas.Resumen
O presente artigo analisa e descreve a multifuncionalidade do conector discursivo mas em construções contra-argumentativas, como elemento partícipe da organização tópica no texto oral formal. A partir da noção de tópico discursivo (JUBRAN et al, 2002; FÁVERO, 2003; JUBRAN, 2006; PINHEIRO, 2006; PENHAVEL, 2011; PENHAVEL; GARCIA, 2017) e nos conceitos relativos às construções contrastivas e contra-argumentativas (ALOMBA RIBEIRO, 2005; WELP, 2005; PORTOLÉS, 2001; NEVES, 2000; ANTUNES, 2005; FÁVERO, 2003; ANSCOMBRE; DUCROT, 1994) realizou-se uma análise descritiva e qualitativa de 29 ocorrências em uma elocução formal - EF, oriunda do projeto NURC / RJ, correspondendo ao corpus desta pesquisa. Como resultado, demonstra-se que a presença do conector mas sinaliza uma diversidade de sentidos, nos quais se envolvem elementos semânticos, pragmáticos, argumentativos e inferenciais que participam na articulação dos segmentos tópicos. Igualmente, postula-se o ato contra-argumentativo, em seus diversos graus de manifestação, como fator de segmentação tópica e episódica. Finalmente, são determinadas as funções proeminentes assumidas pelo conector em estudo.
Descargas
Citas
ALOMBA RIBEIRO, M. D’A. Los conectores argumentativos en lós aprendices hispanohablantes de português.2005. 271 f. Tese (Linguística Aplicada) –Departamento de Filologia, Universidade de Alcalá, Alcalá de Henares, 2005. ANTUNES, I. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005ANSCOMBRE, J, C.; DUCROT, O. La argumentación en la lengua.Editorial Gredos: Madrid, 1994. BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa.37ª ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.BRANDÃO, H. H. N. Coesão e interatividade em texto de elocução formal. Cad. Est. Ling., Campinas, v. 44: 239-250, 2003. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8637079/4801>. Acesso em: 27 jun. 2017. CASTILHO, A. T. A língua falada no ensino de português. 6 ed. São Paulo: Contexto, 2004.CUNHA, C.; CINTRA, L. F. L. Nova gramática do português contemporâneo. 5ª ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008.DIJK, T. A. Cognição, discurso e interação(org. e apresentação de Ingedore V. Koch). 6. ed. 1. reimpressão. São Paulo: Contexto, 2008.DUCROT, O. O dizer e o dito.Campinas, SP: Pontes, 1987.
Lingu@ Nostr@ -Revista Virtual de Estudos de Gramática e Linguística do Curso de Letras da Faculdade de Tecnologia IPUC –FATIPUCISSN 2317-2320Língu@ Nostr@, Canoas, v. 5, n. 2, p. 67-110, jul.-dez. 2017109FÁVERO, L. L.. Coesão ecoerência textuais. São Paulo: Ática, 1999.______. Coesão e Coerência textuais. São Paulo: Ática, 2003.JUBRAN, C. C. A. S. Atividades de composição do texto falado: a elocução formal. In: CASTILHO, A. T; BASÍLIO, Margarida (orgs.).Gramática do Português Falado. Volume IV: Estudos descritivos. Campinas: Editora da UNICAMP/FAPESP, 1996. ______ Revisitando a noção de tópico discursivo. Cad. Est. Ling., Campinas, v. 48 (1): 33-41, 2006. Disponível em: <http://revistas.iel.unicamp.br/index.php/cel/article/view/1541/1113>. Acesso em: 20 jan. 2017. JUBRAN, C. C. A. S. et al. Organização tópica da conversação. In: ILARI, Rodolfo (org.). Gramática do português falado: níveis de análise linguística. 4 ed., v. 7. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2002.KOCH, I. G. V. Estratégias pragmáticas de processamento textual. Cad. Est. Ling., Campinas, v. 30: 35-42, jan./jun, 1996. Disponível em: <http://revistas.iel.unicamp.br/index.php/cel/article/view/1684/4229>. Acesso em: 20 jan. 2017. MONTOLÍO, E. Conectores de la lengua escrita: contraargumentativos, consecutivos, aditivos y organizadores de la información. Ariel S. A. Barcelona, 2001.NEVES, M. H. M. Gramática de usos do português.São Paulo: Editora UNESP, 2000, 4reimpressão.PENHAVEL, E. O funcionamento de marcadores discursivos no processo de estruturação interna de segmentos tópicos mínimos. Revista Língua, Campinas, ed. 27-28, 2011. Disponível em: <http://www.revistalinguas.com/edicao27e28/artigo4.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2017. ______; GARCIA, A. G. Tipos de linearização tópica na Gramática Textual-Interativa. Fórum linguistico, Florianópolis, v.14, n.1, p.1 792 -1807 , jan./mar.2017. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/forum/article/view/1984-8412.2017v14n1p1792/33765>. Acesso em: 20 jul. 2017. PINHEIRO, C. O tópico discursivo como categoria analítica textual interativa. Cad. Est. Ling., Campinas, v. 48 (1): 43-51, 2006. Disponível em: <http://revistas.iel.unicamp.br/index.php/cel/article/view/1542/1115>. Acesso em: 27 fev. 2017. PORTOLÉS, J. Marcadores del discurso. Barcelona: Ariel S.A. , 2001.RISSO, M. S.; SILVA, G. M. O.; URBANO, H. Marcadores discursivos: traços definidores. In: KOCH, I. G. V. (Org.).Gramática do português falado. 2. ed. rev. Volume VI: Desenvolvimentos. Campinas: Editora da Unicamp, 2002. p. 21-103.SELLA, A. F. Funções domasem um texto oral-dialogado. Linguagem & Ensino, Pelotas, v.11, n.2, p.311-327, jul./dez. 2008. Disponível em: <http://www.rle.ucpel.tche.br/index.php/rle/article/view/115/84>. Acesso em: 22 jun. 2017.
Lingu@ Nostr@ -Revista Virtual de Estudos de Gramática e Linguística do Curso de Letras da Faculdade de Tecnologia IPUC –FATIPUCISSN 2317-2320Língu@ Nostr@, Canoas, v. 5, n. 2, p. 67-110, jul.-dez. 2017110SPERBER, D.; WILSON, D. Relevância: comunicação e cognição. Fundação Calouste Gulbenkian: Lisboa, 2001.URBANO, Hudinilson. Aspectos basicamente interacionais dos marcadores discursivos. In: NEVES, Maria Helena de Moura (Org.) Gramática do Português Falado. 2. ed. v. 07: Novos estudos. São Paulo: Editora Unicamp, 1999.VOGT, C. De magisa mas: uma hipótese semântica. In. VOGT, Carlos. Linguagem, pragmática e ideologia. São Paulo: HUCITEC, 1980. WELP, A.K.S. Uma visão argumentativa do mas. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 40, n. 1, p. 299-325, mar. 2005. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/13737/9120>. Acesso em: 29 jan. 2017.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2018 Língu@ Nostr@

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.