Gênero e literatura de viagem no século XIX: Maria Graham e o culto à domesticidade
DOI:
https://doi.org/10.22481/politeia.v21i2.10789Palavras-chave:
Maria Graham., Viagem ao Brasil, Gênero, DomesticidadeResumo
Maria Graham foi uma mulher viajante, escritora, artista e naturalista. Seus trabalhos no campo da literatura, das artes e da história natural demonstram a grandiosidade da produção deixada pela inglesa. Filha e esposa de membros da Marinha Britânica, Maria Graham viajou ao Brasil em 1821 e publicou duas obras sobre o país. O presente artigo analisa a narrativa de viagem ao Brasil e, com isso, pretende-se observar em que medida a personagem afirma o ideal da domesticidade, ou seja, se seus escritos corroboram com os papéis historicamente designados às mulheres. A pesquisa se insere no campo de estudos da história das mulheres e de gênero, contribuindo para os debates acerca dos limites e das possibilidades de atuação “feminina” no Oitocentos.
Downloads
Referências
Fontes
GRAHAM, M. Correspondência entre Maria Graham e a imperatriz dona Leopoldina. Trad. Américo Jacobina Lacombe. Belo Horizonte: Itatiaia, 1997.
GRAHAM, M. Diário de uma viagem ao Brasil e de uma estada nesse país durante parte dos anos de 1821, 1822 e 1823. Trad. Américo Jacobina Lacombe. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1956.
GRAHAM, M. Journal of a voyage to Brazil and residence there during part of the years 1821, 1822, 1823. London: Longman, Hurst, Rees, Orme & Brown and John Murray, 1824.
Bibliografia
EBERSPÄCHER, G. Imaginários europeus no Brasil Imperial: uma análise da obra de Ida Pfeiffer. Pandaemonium, São Paulo, v. 4, n. 44, p. 124-140, set-dez, 2021.
FRANCO, S. M. S. Peregrinas de outrora: viajantes latino-americanas no século XIX. Florianópolis: Ed. Mulheres; Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2008.
FRANCO, S. M. S. Viagens e relatos: representações e materialidade nos périplos de latino-americanos pela Europa e pelos Estados Unidos no século XIX. Tese (Livre-Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.
LEITE, M. L. M. A condição feminina no Rio de Janeiro, século XIX: antologia de textos de viajantes estrangeiros. São Paulo: Hucitec, 1984.
LEITE, M. L. M. Livros de viagem (1803-1900). Rio de Janeiro: Ed. da UFRJ, 1997.
MAIA, L. de S. Viajantes de saia: gênero, literatura de viagem em Adèle Toussaint-Samson e Nísia Floresta (Europa e Brasil, século XIX). Tese (Doutorado em História) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2016.
PORTO, D. M. C. G. A voz feminina e estrangeira de Maria Graham na construção de uma narrativa historiográfica sobre o Brasil oitocentista: 1821-1825. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Salgado de Oliveira, Niterói, 2019.
SCOTT, J. W. A cidadã paradoxal. As feministas francesas e os direitos do homem. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2002.
SCOTT, J. W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, jul./dez. 1995.
SCOTT, J. W.. História das mulheres. In: BURKE, Peter (Org.). A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Unesp, 1991. p. 63-96.
THOMPSON, C. Travel writing. London: Taylor & Francis Group, 2011.
TILLY, L. A. Gênero, história das mulheres e história social. Cadernos Pagu, Campinas, n. 3, p. 28-62, 1994.
VARIKAS, É.; RIOT-SARCEY, M. Réflexions sur la notion d’exceptionnalité. Les Cahiers du GRIF, Paris, n. 37-38, p. 77-89, 1988.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Politeia - História e Sociedade
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.