Para além do conteúdo histórico escolar: as ideias dos alunos sobre a escravização africana e o racismo
DOI:
https://doi.org/10.22481/politeia.v21i1.11061Palavras-chave:
Africanos. Educação histórica. Escravização. Novo humanismo.Resumo
Compreendendo a importância de conhecer as direções do tráfico, de onde vieram e para onde foram as populações escravizadas e as contribuições culturais trazidas por estes povos (SOUZA, 2009), este trabalho busca apresentar experiência desenvolvida no oitavo ano do ensino fundamental II, através do projeto intitulado “As viagens de africanos escravizados e a travessia do Atlântico”. O intuito foi despertar na consciência dos alunos um sentido histórico capaz de estabelecer relações entre presente, passado e futuro (RÜSEN, 2015a) sobre a ideia de superioridade racial. Buscamos propor uma educação histórica humanizada, empática, que ultrapassasse a noção de conteúdo escolar tornando-se uma orientação para vida prática. Foram desenvolvidas pesquisas supervisionadas sobre de onde os africanos escravizados partiram, onde desembarcaram na América, as condições e as resistências em torno da escravização. O projeto foi desenvolvido com base na metodologia conhecida como “aula oficina” a partir da proposta da pesquisadora Isabel Barca (2004).
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