A zona tampão e a presença dos Kamakã-Mongoió: das estratégias de dominação colonial às táticas de resistência indígena

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/politeia.v1i23.13465

Palavras-chave:

Decolonialidade. História Indígena. Zona Tampão.

Resumo

Este artigo sobre a presença dos Kamakã-Mongoyó no território do Planalto da Conquista, parte da chamada “zona tampão” de acordo com a conceituação de Maria Hilda Baqueiro Paraíso, analisa como ocorreu a denominada “conquista” do Sertão da Ressaca, entre 1750 a 1808, processo finalizado em 1840 com a criação da Imperial Vila da Vitória, atual Vitória da Conquista. A partir das presenças indígenas, buscamos analisar, historicamente, as relações sociais no processo de colonização/invasão dos territórios indígenas, dialogando com os conceitos de estratégia e tática apresentados por Michel de Certeau, visando evidenciar as estratégias de dominação colonial empreendidas pela Coroa portuguesa no Brasil, as táticas de resistências indígenas e as relações interétnicas estabelecidas nesse processo. Buscamos dialogar, também, com a perspectiva decolonial, no sentido de decolonialidade do saber, poder e ser, segundo a teoria da interculturalidade crítica.

 

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Biografia do Autor

Adil Sousa Oliveira, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Professor da Rede Municipal de Ensino de Barra do Choça-BA. Mestre em Ensino de História pelo Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).

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Publicado

2024-11-01

Como Citar

Oliveira, A. S. (2024). A zona tampão e a presença dos Kamakã-Mongoió: das estratégias de dominação colonial às táticas de resistência indígena. Politeia - História E Sociedade, 23(1), 69-79. https://doi.org/10.22481/politeia.v1i23.13465