Quilombo Cafundá-Astrogilda: marcos da memória na busca do reconhecimento
DOI:
https://doi.org/10.22481/politeia.v22i1.13574Resumo
No processo de reconstrução do passado e no marco da luta pela regularização fundiária quilombola, as famílias do quilombo Cafundá-Astrogilda organizam os fatos do passado para pensar o seu lugar e momento de luta pelo reconhecimento. Neste texto se exploram as narrativas que contam acontecimentos do passado e que têm significado para uma parte dos moradores do quilombo, localizado na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. De origem camponesa, essas famílias, afrodescendentes na sua maioria, compartilham uma história comum, cujas memórias permitem traçar uma periodização que entrecruza os tempos privados e geracionais das memórias familiares com o tempo público. As ditas narrativas compõem marcos de memória, como as compras de terras ao extinto Banco de Crédito Imobiliário e a resistência às ameaças de expropriação por parte dos administradores do Parque Estadual, às quais os habitantes do maciço da Pedra Branca foram expostos.
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