Análise dos artefatos metafóricos discursivos na elaboração da mística do MST
DOI:
https://doi.org/10.22481/lnostra.v3i1.13276Palabras clave:
Mística. Metáfora. Discurso. Sem Terra.Resumen
Partindo do pressuposto que a “essência da metáfora é compreender e experienciar uma coisa em termos de outra” (LAKOFF & JOHNSON, 2002, p. 48), o trabalho descreve as práticas e representações da Mística desenvolvida pelos estudantes do curso de Letras da Terra da Universidade do Estado da Bahia (UNEB/Campus X), em parceria com o Pronera e o MST. O objetivo é compreender a mística como o espaço simbólico em que várias vozes estão inscritas, marcando o movimento dos sujeitos, dos sentidos, enfim, dos discursos, levando em consideração, a presença de metáforas “para dar expressão adequada às necessidades crescentes de seu espírito” (CASSIRER, 2003, p.103), mas, sobretudo, como estratégia persuasiva e sua eficácia retórica, uma vez que a mística e suas nuances narrativas se fazem presentes em todas as esferas do agir coletivo do MST como ferramenta eficaz no aprofundamento do sentido dos seus objetivos. Trata-se de uma abordagem que busca entender a mística enquanto celebração memoralística permeada por uma intencionalidade consciente e caracterizada como um processo que mobiliza, educa e politiza os sujeitos Sem Terra, como formas de melhor discernir sua identidade cultural e unidade ideológica. O corpus compõe-se de descrições e enunciados selecionados aleatoriamente de narrativas apresentadas nas místicas do MST.
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