O mito paraupava na toponímia (The paraupava's myth in toponimic)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/el.v9i1.1140

Palavras-chave:

Mito Paraupava, Etnolinguística, Rio Araguaia

Resumo

Segundo os registros deixados pelos bandeirantes, o nome Paraupava surgiu na Ilha do Bananal. Durante o período das chuvas, a Ilha fica dois terços submersa, formando uma grande lagoa, identificada no século XVI como Lagoa Paraupava. E ao rio que nascia e se dirigia à foz do Amazonas deram-lhe o nome de Paraupava, que pode ser verificado na cartografia da época que representava a lagoa e o rio. Para analisar o Mito Paraupava, Lagoa Paraupava e Rio Paraupava, é necessário realizar um estudo sobre a geografia das bandeiras paulistas: de onde partiam, quais os caminhos percorridos, objetivos e interesses, pois foi a partir dos conhecimentos obtidos com as penetrações aos sertões que se tornou possível aos bandeirantes paulistas escoimar o grande mito indígena da Lagoa Paraupava e identificar o Rio Paraupava, primeira denominação do atual Rio Araguaia, por conseguinte dar subsídio aos cosmógrafos portugueses para a realização de suas cartas geográficas científicas do interior do continente da América portuguesa.
PALAVRAS-CHAVE: Mito Paraupava. Etnolinguística. Rio Araguaia.

ABSTRACT
According to the registers left by the first explores, the name Paraupava came true in the Bananal Island. During the rainy season, the island stays submersed under two thirds of water, forming a large pond, identified on the XVI like the Paraupava lake. And the river that rised from it and foward the Amazonas river was given the name of Paraupava, which can be verified in the cartographic of that epoch which represented the lake and the river. To analyze the Paraupava river, the Paraupava lake, it is necessary to do a study about the geography of the flags from São Paulo: from where they left, which paths they reached, goals and interests, because it was because of it we obtained knowledge with their expeditions through the country that became possible to these explores to perpetrate the indian ?s myth Paraupava ?s Lake and identify the Paraupava ?s River, first denomination of the nowadays Araguaia River, as a consequence to conditions the Portuguese cosmographers do create their scientific geographic letters from the interior of the country to the Portuguese America.
KEYWORDS: Paraupava's myth. Etnolinguistics. Araguaia river.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Karylleila Santos Andrade, Universidade Federal do Tocantins (UFT/Brasil)

Karylleila Santos Andrade é doutora em Linguística pela Universidade de São Paulo. Atualmente, é professora adjunta do curso de Artes e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Tocantins. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Sociolinguística e Toponímia. É líder do Grupo de Pesquisa Projeto do português falado: variante tocantinense (UFT/CNPq).

Carla Bastiani, Universidade Federal do Tocantins (UFT/Brasil)

Carla Bastiani é discente do curso de Letras pela Universidade Federal do Tocantins e desenvolve iniciação científica no âmbito dos projetos: "O Mito Paraupava: Abordagem Etnolinguística e Etnotoponímica do Rio Araguaia entre os Séculos XVI e XVII" e "A Hodonímia do Rio Araguaia nos Séculos XVIII e XIX". Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) - CNPq.

Referências

ANTUNES, A. M.; CARVALHINHOS, P. de J. Toponímia brasileira: origens históricas. 2008. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/ xicnlf/2/12.htm>. Acesso em: 10 de maio de 2011.
DICK, M. V. de P. do A. Caminho das águas, povos dos rios: uma visão etnolinguística da toponímia brasileira. Cadernos do Cnlf., Rio de Janeiro, v. 5, p. 25-32, 2002.
DICK, M. V. de P. do A. Aspectos de etnolinguística: a toponímia carioca e paulistana contrastes e confrontos. Revista Usp, São Paulo, n. 56, p. 180-191, dezembro/fevereiro 2002-2003.
FERREIRA, M. R. O mistério do ouro dos martírios. São Paulo. Biblos, 1960.
FERREIRA, M. R. As bandeiras do Paraupava. São Paulo: Prefeitura Municipal, 1977.
GREIMAS, A. J.; COURTÉS, J. Dicionário de semiótica. São Paulo: Cultrix, 1983.
SAMPAIO, T. O tupi na geografia nacional. 5. ed. São Paulo: Nacional, 1987.
SEPLAN. Mapas e atlas. Disponível em: <http://www.seplan.to.gov. br/seplan/br/index2. php?area=download&id_m=153>. Acesso em: maio de 2001.

Downloads

Publicado

2011-06-30

Como Citar

ANDRADE, K. S.; BASTIANI, C. O mito paraupava na toponímia (The paraupava’s myth in toponimic). Estudos da Língua(gem), [S. l.], v. 9, n. 1, p. 71-89, 2011. DOI: 10.22481/el.v9i1.1140. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/estudosdalinguagem/article/view/1140. Acesso em: 22 dez. 2024.