Blanchot, a experiência literária e o fim da história: as janelas abertas de uma geração (Blanchot, the literaty experience and the end of history: open doors of a generation)
DOI:
https://doi.org/10.22481/estudosdalinguagem.v15i1.2399Palavras-chave:
Subjetividade. Dispositivos. Experiência literária.Resumo
O presente artigo parte do célebre diagnóstico do fim da história – tese defendida por Francis Fukuyama logo após a queda do muro de Berlim. Inspirado em autores como Michel Foucault, Gilles Deleuze e Giorgio Agamben, situa-se sob o viés o qual defende que a maquinaria do capital – muito mais do que um sistema econômico – é produtora de subjetividade: em tramas de saber e poder operadas por dispositivos, dobra vidas a fim de construir modos de existência de modo cada vez mais minucioso e cotidiano. O que se insinua, pois, é a tese de Walter Benjamin: o capitalismo como religião - fabricando existências ininterruptamente a partir da disseminação incessante de dispositivos. O que se anunciaria no presente, pois, seria uma geração funcionária do fim da história – aquela que viveria fazendo acontecer aquilo que certa feita Italo Calvino chamou de inferno. A partir de tal diagnóstico, sob inspiração em Maurice Blanchot e Roberto Bolaño, a aposta é de que o que se opera em uma experiência literária pode fazer fraquejar as tramas dispositivas já prontas de um suposto fim da história – e seria justamente essa a tarefa política que faz vicejar a potência da arte: fazer valer o inacabamento do mundo e, portanto, a impossibilidade do fim da história.
PALAVRAS-CHAVE: Subjetividade. Dispositivos. Experiência literária.
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Referências
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