“This was never an opinion”: the resistance of black women to the discourse of reverse racism on the social network Instagram
DOI:
https://doi.org/10.22481/el.v22.12291Keywords:
Racismo reverso, Racismo estrutural, Memória discursiva, Silenciamento e Resistência, Rede Social InstagramAbstract
An article entitled “Racism of blacks against whites gains strength with identityism”, published in Folha de São Paulo, rekindled in social networks, a discursive space of ideological clashes, the debate on reverse racism – an “inverse racism”, where blacks oppress whites. Mobilizing notions of Pêcheuxtian Discourse Analysis (DA) and contributions from Social Sciences, we seek to analyze the discursive functioning of resistance of black Brazilian women on the social network Instagram to the discourse of reverse racism. We also intend to observe how these discourses are affected by the production/circulation conditions of this network. Using the print screen (screen capture), we cut four Discursive Sequences (SDs) from a file of digital materialities to constitute the discursive corpus. In the analytical gestures, we observe the operation of a strength game of memory and ideology and a discursive tension between the discourse of reverse racism circulating in the newspaper and the counter-discourse and resistance movements on the network.
Downloads
References
ALMEIDA, S. L. de. Racismo estrutural. São Paulo-SP. Sueli Carneiro: Pólen, 2020.
BATISTA, G. A.; CORTES, G.R.O. O funcionamento discursivo de memes políticos: metáfora e cinismo no meme “tchau querida”. In: AZEVEDO, Isabel Cristina Michelan de; ANDRADE, Alexandre de Melo; MARENGO, Sandro Marcío Drumond Alves (Orgs.). Estudos Linguísticos e Literários em múltiplas perspectivas. São Cristóvão-SE: Editora UFS, 2019. p.112-129.
BENETTI, Márcia. A ironia como estratégia discursiva da revista Veja. Líbero [Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Faculdade Cásper Líbero], São Paulo – SP, vol. 20, p. 37-46, dez., 2007. Disponível em: https://seer.casperlibero.edu.br/index.php/libero/article/view/632. Acesso em: 09 jan.2023.
CAMPOS, Deivison. Negro como suspeito preferencial: “Conduta mais violenta que testemunhamos da polícia”, alerta pesquisadora. Humanista. Porto Alegre, 29 set. 2020. Disponível em: https://www.ufrgs.br/humanista/2020/09/29/negro-como-suspeito-preferencial-conduta-mais-violenta-que-testemunhamos-da-policia-alerta-pesquisadora/ Acesso em 08 fev. 2023.
CARNEIRO, S. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo-SP: Selo Negro, 2011.
CASTRO, Silvia Elaine Santos de. A imprensa e a luta contra o racismo. FENAJ, Brasília-DF, 28 set. 2015. Disponível em: https://fenaj.org.br/a-imprensa-e-a-luta-contra-o-racismo/ Acesso em: 09 fev. 2023
CORTES, G. R. O. A “nova” direita e o discurso militarista: tensões da memória no espaço virtual. In: GRIGOLETTO, Evandra; NARDI, Fabiele Srockmans; GALLI, Fernanda Correia Silveira; SOBRINHO, Helson Flávio da Silva (Orgs.). Tensões entre o Urbano e o Digital: discursos, arte, política(s). 1. ed. – Campinas, SP : Pontes Editores, 2022.
CORTES, G. R. O. Do lugar discursivo ao efeito-leitor: a movimentação do sujeito no discurso em blogs de divulgação científica. 2015. 268 fl. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2015.
DAMACENO, Janaína. Por que você deve parar de afirmar que o racismo reverso existe? Geledes. São Paulo-SP, 03 fev. 2016. Disponível em: https://www.geledes.org.br/por-que-voce-deve-parar-de-afirmar-que-o-racismo-reverso-existe/ Acesso em: 08 ago. 2022.
DELA-SILVA, S. Das cartas de leitores às redes sociais: o espaço para o sujeito na revista Superinteressante. Estudos Linguísticos, São Paulo, v. 42, n. 3, p. 1214-1228, 2013.
DE NARDI, F. S.; NASCIMENTO, F. A. S. A Propósito das Noções de Resistência e Tomada de Posição na Análise de Discurso: movimentos de resistência nos processos de identificação com o ser paraguaio. Revista Signum: Estudos da Linguagem, Londrina, n. 19/2, p. 80-103, dez. 2016.
DIAS, C. A discursividade da rede (de sentidos): a sala de bate-papo HIV. 2004. 176 fl. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004.
FILHO, João. Folha lucra com debate falso sobre ‘racismo reverso’ em ano de revisão da lei de cotas. The Intercept, 2022. Disponível em: https://theintercept.com/2022/01/22/folha-debate-falso-racismo-reverso/. Acesso em: 18 ago. 2022.
FONTOURA, J. S. D. de A. Racismo reverso: o porquê da sua não-existência. Interritórios | Revista de Educação: Caruaru - PE, v.7, n.13, 2021.
INDURSKY, F. A memória na cena do discurso. In: INDURSKY, Freda; MITTMANN, Solange; FERREIRA, Maria Cristina Leandro (Orgs.). Memória e história na/da análise do discurso. Campinas-SP: Mercado de Letras, 2011.
MARIANI, B. Discurso e instituição: a imprensa. RUA, Campinas, SP, v. 5, p. 47–62, 1999.
MARQUES DE MELO, J. A opinião no jornalismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1985.
MODESTO, R. Gritar, denunciar, resistir: “como mulher, como negra”. In: O discurso nas fronteiras do social - Uma homenagem à Suzy Lagazzi. Campinas-SP: Pontes Editores, 2019. p. 111-134.
ORLANDI, E. P. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. 13. ed. Campinas-SP: Pontes Editores, 2020.
ORLANDI, E. P. Sentidos em fuga: efeitos da polissemia e do silêncio. In: CARROZZA, Guilherme et. al. (Org.). Sujeito, sociedade, sentidos. Campinas-SP: RG Editora, 2012.
ORLANDI, E. P. As Formas do Silêncio no movimento dos Sentidos. 6. ed. Campinas – SP: Editora da Unicamp, 2007.
PÊCHEUX, M. O Discurso: Estrutura ou Acontecimento (Tradução: Eni Puccinelli Orlandi). 7. ed. Campinas-SP: Pontes Editores, 2015.
PÊCHEUX, M. Ler o arquivo hoje. In.: ORLANDI, E. (Org.). Gestos de leitura: da história no discurso. Campinas-SP: Editora da Unicamp, 2010. p. 49-59.
PÊCHEUX, M. Papel da memória. In: ACHARD, P. (Org.). Papel da memória. Campinas-SP: Pontes, 1999.
PÊCHEUX, M. Análise automática do discurso (AAD-69) (Tradução: Eni Puccinelli Orlandi). In: GADET, F.; HAK, T. (Orgs.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Editora da Unicamp, 1997.
PÊCHEUX, M. Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas-SP: Editora da Unicamp, 1995.
RUY, Carolina Maria. Separar o racismo do identitarismo. Vermelho. Brasília, 18 jan. 2022. Disponível em: https://vermelho.org.br/coluna/separar-o-racismo-do-identitarismo/ Acesso em: 06 fev. 2023
SALAS, Javier. Você não pode convencer um terraplanista e isso deveria te preocupar. Brasil, 03 mar. 2019. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/02/27/ciencia/1551266455_220666.html Acesso em: 08 ago. 2022
SILVEIRA, J. da. Análise discursiva da hashtag #onagagné: entre a estrutura e o acontecimento. In: SEMINÁRIO DE ESTUDOS EM ANÁLISE DO DISCURSO, 6, 2013. Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: Programa de Pós-Graduação em Letras, UFRGS, p.1-7. Disponível em: https://www.ufrgs.br/analisedodiscurso/anaisdosead/6SEAD/SIMPOSIOS/AnaliseDiscursivaDaHashtag.pdf. Acesso em: 09 jun. 2022.
TARINI, A. M. de F. L. Sujeito, Interpelação Ideológica e Resistência. In: TARINI, Ana Maria de Fátima Leme; BIZIAK, Jacob dos Santos; CATTELAN, João Carlos (Orgs.). Poder, dizer, resistir: ensaios em análise do discurso. São Carlos: Pedro & João Editores, 2019.
TRINDADE, L. V. Discurso de ódio nas redes sociais. São Paulo-SP: Jandaíra, 2022.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Language Studies
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Estudos da Língua(gem) is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish in the journal Estudos da Língua (gem) agree with the following terms:
The journal Estudos de Língua(gem) maintains the copyrights of the contributions published. These rights include the publication of the contribution and make its content available for free through the portal.