Ensaio aberto sobre modernismo e antinegritude

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/odeere.v8i1.12404

Palavras-chave:

Mito de fundação, antinegritude, mito da democracia racial, literatura brasileira

Resumo

A ideia de apresentar esse texto como um ensaio aberto visa tanto reforçar seu aspecto especulativo, como seu aspecto inconcluso. Nossa ideia é apontar a antinegritude como modo organizador dos mitos fundacionais do Brasil, buscando sugerir que há uma indissociabilidade entre o mito da democracia racial e os mitos de fundação. Para isso apontamos como origem do mito da democracia racial o romance Iracema de Alencar, e não as cenas modernistas que, para nós, atualizam os mitos, mas não os fundam. Para tanto, vamos discutir questões ligadas ao problema da dependência cultural e da produção da identidade nacional no modernismo brasileiro, buscando conectá-los brevemente com a produção de uma nacionalidade ligada a antinegritude.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jorge Augusto de Jesus Silva, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia & Instituto Federal Baiano - Brasil

Doutor em Literatura e Cultura, pela Universidade Federal da Bahia - UFBA; Mestre em Estudos de Linguagem pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB; Especialista em Estudos linguísticos e literários - UNEB; Especialista em Análise do Discurso - Faculdades Integradas Olga Mettig; Especialista em Libras - Faculdade Dom Pedro II. Graduação em Letras Vernáculas pela Universidade Católica do Salvador (2008). Compõe a coordenação do grupo de pesquisa Rasura-UFBA e PERIFA/ IFBaiano. É docente no Instituto Federal Baiano, no qual compõe a coordenação do NEABI/ITB. E-mail: jorgeaugustodamaia@gmail.com

 

Referências

ALENCAR, José. Iracema. Osasco SP: Novo século editora, 2002.

AUGUSTO, Jorge. Modernismo negro: anotações sobre Lima Barreto e o modernismo de 22. In SACRAMEMTO, Luciana; ARAÚJO, Nerivaldo; PRADO, Thiago (orgs). As vozes do texto e as múltiplas perspectivas de leitura. Salvador: Edufba, 2018.

AUGUSTO, Jorge. Modernismo negro: oralituraa, aaamefricanidade e continnum em Lima Barreto. Tese de Doutorado. UFBA, 2020.

BARRETO, Lima. Cemitério dos vivos. São Paulo: Planeta do Brasil, 2004.

CÂNDIDO, Antônio. Literatura e Sociedade. 8. ed. São Paulo: TA Queiroz editor, 2002.

FREITAS, Henrique. O arco e a Arkhé: ensaios sobre Literatura e Cultura. Salvador. Ogum´s Toques Negros, 2016.

PATTERSON, Orlando. Escravidão e morte social: um estudo comparativo São Paulo: Edusp, 2008.

PINHO, Osmundo. O ciclo da morte e o materialismo estético. In. FLAUZINA, Ana; VARGAS, João. Motim - horizontes do genocídio antinegro na diáspora. Brasília: Brado Negro, 2017.

PINHO, Osmundo. Cativeiro: antinegritude e ancestralidade. Salvador: Segundo Selo, 2021.

SEYFERTH, G. (2002). COLONIZAÇÃO, IMIGRAÇÃO E A QUESTÃO RACIAL NO BRASIL. Revista USP, (53), 117-149. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i53p117-149

Downloads

Publicado

2023-04-30

Como Citar

Silva, J. A. de J. (2023). Ensaio aberto sobre modernismo e antinegritude. ODEERE, 8(1), 235-248. https://doi.org/10.22481/odeere.v8i1.12404