A terra tremeu dentro de mim e eu fiquei sem casa
DOI:
https://doi.org/10.22481/odeere.v8i1.12472Palavras-chave:
Colonialidade, Autoetnografia, Escrevivências, Metodologias contra coloniais, MigraçãoResumo
Este artigo é resultado de um projeto de pesquisa e registro de grafites e pichações inscritas nas paredes de Lisboa, e que advém de produção artística e política urbana feita pela população negra portuguesa e imigrante, que habita a cidade. O resultado é esta escrevivência sobre o corpo negro [feminino] em relação - e em atividade - com a experiência de ser e de estar (em) Lisboa, pensando como essas marcas da cidade afetam corpos negros, inclusive o meu. Dada a oportunidade, e destinada ao reconhecimento de dados sobre o que é ser do outro lado do Atlântico, nesta cidade qualquer. Pelas ruas da Damaia, pelas ruas da Linha de Sintra, da Cova da Moura, vi o meu corpo em protagonismo com outros corpos. E desta visagem necessária, articulei uma série de imagens, que revelam as marcas de uma população igual a mim, e diferente a mim, registradas nas paredes dessas cidades específicas, que moram e habitam a Lisboa dourada, das gentrificações, dos turistas em excesso e dos muitos pequenos mundos internos - que a constroem e alimentam. Lavagem, grafitagem, gravidez, sacudimentos e enxertos.
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