Pontes entre colonialidade e a autoafirmação: construindo reflexões para o ensino de ciências e biologia
DOI:
https://doi.org/10.22481/odeere.v8i2.12996Palavras-chave:
Decolonialidade, Ensino-aprendizagem, Sincretismo religiosoResumo
O presente artigo relata a experiência vivenciada por estudantes de graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Feira de Santana durante uma viagem de campo às cidades de Cachoeira e São Félix, na Bahia, promovida pelo componente curricular Relações Étnico-raciais na Escola. Por meio da observação sensível, os estudantes registraram a realidade dessas cidades no formato de fotografias e discursos. Durante a viagem, foi possível constatar a predominância de uma população negra, cujas vidas diárias estão intimamente ligadas a uma diversidade de religiões que, embora sejam percebidas como antagônicas no imaginário popular, coexistem de forma harmoniosa na realidade local. Além disso, observou-se um forte vínculo com figuras históricas relacionadas, ou não, à independência da Bahia e do Brasil, bem como à herança do período colonial. A partir dessas observações, teceu-se reflexões acerca das observações realizadas, apresentando dados relevantes sobre a história, estrutura, religião, cultura, entre outros aspectos das cidades. O trabalho contribuiu para ampliar a compreensão e estabelecer relações entre a experiência vivenciada e a formação decolonial de futuros professores de Ciências e Biologia, com o objetivo de promover um ensino descolonizado das Ciências da Natureza.
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