Psicologia, psicanálise e relações étnicas no Brasil e na França

Autores

  • Regina Marques de Souza Oliveira Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.22481/odeere.v0i4.2365

Palavras-chave:

psicologia, relações étnicas, racismo, saúde mental, violência.

Resumo

As relações entre Brasil e França quanto às dimensões de consideração sobre o racismo são semelhantes. No Brasil o mito da democracia racial impediu a percepção das injustiças e desigualdades pautadas na dimensão racializada. Na França o mesmo acontece com o mito da Republica – igualdade, liberdade e fraternidade. Porém estas insígnias são para os franceses não negros. A psicologia brasileira e a produção em saúde mental na França possuem suas diferenças. No Brasil o alheamento dos psicólogos na dimensão das relações étnicas é emblemático em pleno século 21. Na França, as discussões de Lacan sobre a psicanalise promoveram a expansão do campo psicológico a desbravar a dimensão étnica considerando Frantz Fanon e outros na compreensão do sofrimento psíquico e as relações étnicas na contemporaneidade.  Neste mundo globalizado, com fluxos migratórios constantes, a discussão étnica é pauta primeira para a contemporaneidade.  Lembrando que as populações negras, neste contexto, são as mais violentadas. Seja na Europa, nas Américas (Norte e Sul) e na África, as experiências da vivência da diáspora africana trazem experiências importantes para serem compartilhadas. Abordar parte destas imbricações e reflexões sobre os avanços e limites da psicologia no Brasil e na França no campo das relações étnicas e as relações com a atualidade nacional e global é o objetivo deste texto.

Palavras-Chave: psicologia, relações étnicas, racismo, saúde mental, violência.

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Publicado

2017-12-27

Como Citar

Oliveira, R. M. de S. (2017). Psicologia, psicanálise e relações étnicas no Brasil e na França. ODEERE, 2(4), 29-60. https://doi.org/10.22481/odeere.v0i4.2365