GÊNERO E ETNICIDADE: Conhecimentos de urgência em tempos de barbárie
DOI:
https://doi.org/10.22481/odeere.v3i6.4239Palavras-chave:
Pensamento complexoResumo
Este artigo-ensaio discute a propriedade do chamado paradigma da complexidade (Morin) conjugado ao pensamento crítico (Nussbaum) para analises relacionadas a gênero assim como aquelas que focalizam relações étnicas em especial em tempos que se tende a verdades pautadas em ‘pensamento único. Advoga-se que há que combater simplificações sobre tais temas, questionando-se por exemplo, a campanha que considera gênero como ideologia e etnicidade como orientado exclusivamente à tradição e povos originais, ressaltando os trânsitos entre cultura, política e projetos de resistência. Contudo se adverte que tanto interdisciplinaridade como pensamento complexo, pedem ambiências institucionais abertas ao diálogo, o não abandono do disciplinar. Alem de conhecimento das doxas das disciplinas que se combinam e observação do princípio Foulcaultiano quanto a equação saber/poder. Mais se estende sobre gênero como conhecimento em aberto que vem inclusive sendo questionado por alguns autores pela multiplicidade performática (e.g. Butler) e ressalta que tanto gênero e sexualidade, assim como relações étnicas pedem ênfase em teias de relações sociais, debates teóricos submetidos ao crivo de estudos etnográficos, já que comportam diversidades de realizações, vivencias e nexos entre textos e contextos.
Palavras chaves: pensamento complexo; interdisciplinaridade, gênero, relações étnicas.
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