Pedagogias de (re)existências do movimento de mulheres negras na Bahia em tempos de pandemia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/odeere.v6i01.8500

Palavras-chave:

Movimento de mulheres negras, pedagogias de (re)existências, Pandemia

Resumo

O texto apresenta experiências e pedagogias de (re)existências construídas na/com a Rede de Mulheres Negras da Bahia (RMNB), no âmbito da Pandemia do Sars-Cov2. Trata-se de uma pesquisa em andamento, fundamentada nos estudos do feminismo negro e nas teorias decoloniais. A partir de narrativas inspiradas nas escrevivências de Conceição Evaristo, o estudo aponta o ativismo dos Movimentos de Mulheres Negras da Bahia e a construção de outras epistemologias que rompem com a geopolítica do conhecimento colonizado. O trabalho inscreve as primeiras incursões em uma (etno)grafia destas pedagogias de (re)existências produzidas por estas mulheres no contexto de enfrentamento a crise sanitária atual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Joana Maria Leôncio Núñez, Universidade do Estado da Bahia

Graduada em Psicologia pela UFRJ e Doutoranda e Mestre em Educação e Contemporaneidade pelo Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da Universidade do Estado da Bahia, Linha de pesquisa (LPq) 2 ? Educação, Práxis Pedagógica e Formação do Educador, Integrante do Grupo de Pesquisa Docência, Narrativas e Diversidades. Professora da Universidade do Estado da Bahia, Auxiliar B. Atua principalmente na área de Formação de Professores com os seguintes temas: Relações étnico/raciais; de gênero e sexualidades; feminismo negro, pedagogias de resistência. Pesquisadora do Grupo de Pesquisas CANDACES, Grupo de Pesquisa sobre GÊNERO, RAÇA, CULTURA E SOCIEDADE (GPG).

Jane Adriana Vasconcelos Pacheco Rios, Universidade do Estado da Bahia

Doutorado e Pós-doutorado em Educação. Professora Titular Plena da Universidade do Estado da
Bahia (UNEB). Professora Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia (PPGEDUC/UNEB).

Referências

BENTO Berenice. Necrobiopoder: Quem pode habitar o Estado-nação? Cad. Pagu nº.53 Campinas 2018 Epub June 11, 2018

BRASIL. Decreto lei 7716, de 5 de janeiro de 1989. Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou cor. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/lei/17 7161/htm> Acesso em 20 de janeiro de 2021.

BRASIL. Lei 10.639/2003, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9. 394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília.

BRASIL. LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO DE 20103 Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis nos 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de 2003.

BRASIL. LEI Nº 12.990, DE 9 DE JUNHO DE 2014. Reserva aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União.

CARDOSO, Cláudia Pons. Outras falas: feminismos na perspectiva de mulheres negras brasileiras. Tese (doutorado) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Salvador, 2012. Disponível em https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/7297/1/Outrasfalas.pdf Acesso em: 22 out. 2018.

CARNEIRO, S.; SANTOS, T. Mulher negra. São Paulo: Nobel/ Conselho Estadual da condição feminina, 1985.

COLLINS, Patricia Hill. Aprendendo com a outsider within*: a significação sociológica do pensamento feminista negro Revista Sociedade e Estado – Volume 31 Número 1 Janeiro/Abril 2016.

DAVIS, Angela. Mulheres, Cultura e Política. São Paulo: Boitempo, 2016.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. S.Paulo: Boitempo, 2016 [1981]

EVARISTO, Conceição. Tempo de nos aquilombar. In: Jornal O Globo, Rio de Janeiro, 31 dez. 2019. Disponível em: internet. Acesso em: 2 jan. 2020.

EVARISTO, Conceição. Poemas da recordação e outros movimentos. Belo Horizonte: Nandyala, 2008.

FANON, Frantz. Piel negra, máscaras blancas. Madrid. Akal. 2018 (Originalmente publicado em 1952.)

FIGUEIREDO, Angela. Epistemologia insubmissa feminista negra decolonial. Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 12, n. 29, e 0102, jan./abr. 2020. http://dx.doi.org/10.5965/2175180312292020e0102

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17 ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1987.

FREIRE, Paulo. Pedagogia dos sonhos possíveis. São Paulo: Paz e Terra, 2014.

GOHN, Maria Da Glória. Movimentos sociais na contemporaneidade, in Revista Brasileira de Educação v. 16 n. 47 maio-ago. 2011.

GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017. 154 p.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afrolatinoamericano. Revista Isis Internacional (Santiago) 9: 133–141, 1988.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: Movimentos sociais urbanos, minorias e outros estudos, por L. A. Silva et al., 223–244. Ciências Sociais Hoje, n. 2. Brasília: Associaçã o Nacional de Pós-Graduaçã o e Pesquisa em Ciências Sociais/ANPOCS, 1983.

GROSFOGUEL, Rámon. Para uma visão decolonial da crise civilizatória e dos paradigmas da esquerda ocidentalizada. In: Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico, organizado por Joaze Bernardino-Costa, Nelson Maldonado-Torres e Ramón Grosfoguel, p. 55–77. Belo

Horizonte: Editora Autêntica, 2019.

HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a Educação como prática de liberdade. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla- São Paulo. 2013. Editora Martins Fontes, 2013. Disponível em http://generatech.org/sites/default/files/desarmando_la_escena.pdf. Consultado em setembro de 2019.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA, IPEA. Retrato das desigualdades de gênero e raça / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Com a participação de: ONU Mulheres, Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). - 4ª ed. - Brasília: Ipea, 2011. 39 p.: il.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Dossiê Mulheres Negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil, 2013. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/retrato/pdf/revista.pdf Acesso em 28 jul de 2018.

LANDES, Ruth. 2002. A Cidade das Mulheres. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ. 352 pp.

LANDES, Ruth. A Cidade das Mulheres. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, Rio de Janeiro. 2002. 352 pp.

MALDONADO-TORRES, Nelson. Analítica da colonialidade e da decolonialidade algumas dimensões básicas. In: Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico, organizado por Joaze Bernardino-Costa, Nelson Maldonado-Torres e Ramón Grosfoguel, p. 27–54. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2019.

NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Editora Perspectiva, 2016.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder: eurocentrismo y América Latina. In LANDER, Edgardo (Org): La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Perspectivas latinoamericanas, CLACSO/UNESCO, Buenos Aires y Caracas, 2000, 2005 1-14.

RASENBAUG, Carlos. Discriminação e desigualdade social no Brasil. Rio de Janeiro: Graal, 1979.

RIOS, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco Rios. Modos de habitar a profissão docente na Educação Básica: estado da arte das pesquisas na Bahia. Revista Perspectiva, Florianópolis, v. 38, n. 4 p. 01-24, out./dez. 2020

Downloads

Publicado

2021-06-30

Como Citar

Núñez, J. M. L., & Rios, J. A. V. P. (2021). Pedagogias de (re)existências do movimento de mulheres negras na Bahia em tempos de pandemia. ODEERE, 6(1), 287-310. https://doi.org/10.22481/odeere.v6i01.8500