Saúde e território quilombola enquanto campo de pesquisa: uma revisão narrativa

Agda Marina F. Moreira; Flora Rodrigues Gonçalves; Brunah Schall; Denise Nacif Pimenta

doi:10.22481/rsc.v19i3.10625

Autores

Agda Marina F. Moreira Fiocruz Minas
Flora Rodrigues Gonçalves Fiocruz Minas
Brunah Schall Fiocruz Minas/ Bolsista de pós-doutorado
Denise Nacif Pimenta Fiocruz Minas

DOI:

https://doi.org/10.22481/rsc.v19i3.10625

Palavras-chave:

Saúde quilombola, Território, Saberes tradicionais

Resumo

Neste artigo propomos identificar artigos acadêmicos que têm sido produzidos no âmbito da saúde, sob recorte da saúde quilombola enquanto modalidade específica, partindo do pressuposto de que este é um tema pouco abordado nos estudos e pesquisas do campo da Saúde Coletiva. Tal fato pode ser atribuído a fatores que vão desde a invisibilidade de quilombolas até a inclusão destes no campo mais generalizado de populações negras, desconsiderando suas especificidades e demandas. Para tanto, analisamos 99 artigos acadêmicos a respeito de suas abordagens, métodos e intervenções que têm sido desenvolvidas em territórios quilombolas de todo o país, sob distintos recortes de pesquisa. Como resultado, observamos que a saúde da população quilombola ainda não é vista enquanto uma modalidade específica, sendo seus saberes e fazeres, bem como suas relações de territorialidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.

Brasília, DF: Senado Federal; 1988.

Brasil. Decreto n.º 5.051, de 19 de abril de 2004. Promulga a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho - OIT sobre Povos Indígenas e Tribais. Diário Oficial da

União 19 abr 2004 [acesso em 6 abr 2022]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5051.htm

Freitas DA, Caballero AD, Marques AS, Hernández CIV, Antunes SLNO. Saúde e comunidades quilombolas: uma revisão da literatura. Revista CEFAC. outubro de 2011;13(5):937–43.

Rother ET. Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta paul enferm. junho de 2007;20:v–vi.

Leite FM de B, Ferreira H da S, Bezerra MK de A, Assunção ML de, Horta BL, Leite FM de B, et al. Food intake and nutritional status of preschool from maroon communities of the state Alagoas, Brazil. Revista Paulista de Pediatria. dezembro de 2013;31(4):444–51.

Sousa LM de, Martins KA, Cordeiro M de M, Monego ET, Silva SU da, Alexandre VP. Alimentação escolar nas comunidades quilombolas: desafios e potencialidades. Ciênc saúde coletiva. abril de 2013;18:987–92.

Freitas DA, Rabelo GL, Silveira JCS, Souza LR, Lima MC, Pereira MM, et al. Percepção de estudantes da área da saúde sobre comunidades rurais quilombolas no norte de Minas Gerais-Brasil. Revista CEFAC. agosto de 2013;15(4):941–6.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão

Participativa. Política nacional de Saúde integral da População negra. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010.

Kochergin CN, Proietti FA, César CC. Comunidades quilombolas de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil: autoavaliação de saúde e fatores associados. Cad Saúde Pública. julho de 2014;30:1487–501.

Franchi EPLP, Terra MF, Rocha JM do N, Marquezan RF, Odorizzi VF. A formação de profissionais de saúde no cuidado às comunidades quilombolas: um relato de experiência. Rev bras med fam comunidade. 2018;1–11.

Durand MK, Heidemann ITB. Health of quilombolas women: dialog with the literature / Saúde das mulheres quilombolas: diálogo com a literatura. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online. 2020;12:203–10.

Zank S, Ávila JVC, Hanazaki N, Zank S, Ávila JVC, Hanazaki N. Compreendendo a relação entre saúde do ambiente e saúde humana em comunidades Quilombolas de Santa Catarina. Revista Brasileira de Plantas Medicinais. março de 2016;18(1):157–67.

Roso A, Gass RL, Orsato D, Alves T, Moraes MM. Minorias étnicas e representações sociais: notas sobre a entrada do psicólogo social em uma comunidade Quilombola. Psico (Porto Alegre). 2011;346–53.

Santos RC dos, Silva MS. Condições de vida e itinerários terapêuticos de quilombolas de Goiás. Saude soc. setembro de 2014;23:1049–63.

Vieira ABD. Acceso a la salud de poblaciones vulnerables: una visión desde la bioética. Revista de Bioética y Derecho. 2018;(43):211–23.

Vieira ABD, Monteiro PS. Comunidade quilombola: análise do problema persistente do acesso à saúde, sob o enfoque da Bioética de Intervenção. Saúde debate. dezembro de 2013;37:610–8.

Feitosa M de O, Gomes MEA, Fontoura IG, Pereira CS, Carneiro AM da CT, Oliveira MC de, et al. Access to Health Services and Assistance Offered to the Afro-Descendant Communities in Northern Brazil: A Qualitative Study. Int j environ res public health (Online) [Internet]. 2021 [citado 24 de março de 2021]; Disponível em: https://dx.doi.org/10.3390/ijerph18020368

Santos WD, Comes Y, Pereira LL, Costa AM, Merchan-Hamann E, Santos LMP. Avaliação do Programa Mais Médicos: relato de experiência. Saúde debate. 6 de maio de 2019;43:256–68.