Comportamento de pais/responsáveis em relação à vacinação infantil em uma estratégia saúde da família
DOI:
https://doi.org/10.22481/rsc.v19i2.11884Palavras-chave:
Estratégias de Saúde Nacionais, Proteção da Criança, Saúde da Criança, Vacinas, Cobertura VacinalResumo
Objetivou-se investigar o comportamento de pais/responsáveis em relação à vacinação infantil em uma Estratégia Saúde da Família de um município do norte de Minas Gerais. Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo realizado com 17 pais/responsáveis. Os dados foram coletados entre agosto e setembro de 2022 por meio de uma entrevista semiestruturada, analisada mediante Análise Temática. Os resultados demonstram que os pais/responsáveis são conscientes em relação à importância da vacinação infantil e atribuem ao ato de vacinar a proteção contra doenças, além de ser um direito da criança. Processos de trabalhos desencadeados pelas equipes promovem a conscientização dos pais para manter a caderneta de vacinas atualizada, no entanto, a coincidência do horário de trabalho dos pais/responsáveis e da realização de ações educativas realizadas pela equipe de saúde limitam o acesso do público a informações sobre a vacinação infantil, em contrapartida o trabalho informativo realizado pelos Agentes Comunitário de Saúde, somado ao acesso à internet e a cultura de vacinação estabelecida promovem a sensibilização para a vacinação infantil. Conclui-se ser necessário a adequação da oferta dos serviços relacionados à vacinação infantil à realidade dos pais/responsáveis, com a ampliação da oferta de ações educativas e de vacinação para ampliar o acesso à imunização.
Downloads
Referências
Becker RM, Heidemann ITSB, Meirelles BHS, Costa MFBNA, Antonini FO, Durand MK. Nursing care practices for people with Chronic Noncommunicable Diseases. Rev. Bras. Enferm., Florianópolis, 2018[acesso em 22 set. 2022],71(sup. 6):2800-2807. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0799.
Ministério da Saúde. Brasil. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. O que é Atenção Primária? Brasília, DF, 2021[acesso em 09 set. 2022]. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/smp/smpoquee.
Governo do Estado de Goiás. Secretaria de Estado da Saúde. Imunização: prevenção não tem idade, vacine-se. Goiás, GO, 2019[acesso em 11 set. 2022]. Disponível em: https://www.saude.go.gov.br/biblioteca/300-suvisa/imunizacao/7716-imunizacao.
Barbieri CLA, Couto MT, Aith FMA. A (não) vacinação infantil entre a cultura e a lei: os significados atribuídos por casais de camadas médias de São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2017[acesso em 18 fev. 2022],33(2):e00173315. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00173315.
Martins KM, Santos WL, Álvares ACM. A importância da imunização: revisão integrativa. REIcEn, 2019[acesso em 25 out. 2022],2(2):96-101. Disponível em: https://revistasfacesa.senaaires.com.br/index.php/iniciacao-cientifica/article/view/153/108.
Paes NSCE. A vacinação obrigatória de crianças e de adolescentes em face da autonomia dos pais no exercício do poder familiar. Meritum. 2018[acesso em 07 nov. 2022],13(2):375-393. Disponível em: http://revista.fumec.br/index.php/meritum/article/view/6450.
Mcclure CC, Cataldi JR, O’learyST. Vaccine Hesitancy: Where We Areand Where We Are Going. Clin Ther, 2017[acesso em 18 set. 2022],39(8):1550-1562. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.clinthera.2017.07.003.
Mizuta AH, Succi GM, Montalli VAM, Succi RCM. Perceptions on the importance of vaccination and vaccine refusal in a medical school. Rev. paul. pediatr., 2019[acesso em 17 set. 2022],37(1):34-40. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1984-0462/;2019;37;1;00008.
Tong A, Sainsbury P, Craig J. Consolidated criteria for reporting qualitative research (COREQ): a 32-item checklist for interviews and focus groups. Int J Qual Health Care. 2007[acesso em 22 ago 2022],19(6):349-57. Disponível em: https://doi.org/10.1093/intqhc/mzm042.
Braun V, Clark V. Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology. 2006[acesso em 28 nov. 2022],3(2):77-101. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1191/1478088706qp063oa.
Dias EG. Proposta de instrumento para autoavaliação de projetos de pesquisa envolvendo seres humanos. Rev. Grad. USP, 2020[acesso em 28 ago. 2022],4(1):139-145. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2525-376X.v4i1p139-145.
Rodrigues VM, Pereira LCM. Imunização infantil no Brasil: fatores que correlacionam com a importância da vacinação nos primeiros cinco anos de vida. Repositório Universitário da Ânima (RUNA). 2021[acesso em 26 out. 2022]. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/20598.
Ministério da Saúde. Brasil. Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975. Dispõe sobre a organização das ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências. Brasília, DF, 1975[acesso em 12 nov. 2022]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6259.htm.
Teixeira ACB, Menezes JB. Autoridade parenteral e vacinação infantil: vulnerabilidade e superior interesse da criança e do adolescente. Pensar, 2022[acesso em 18 out. 2022],27(1):14-04. Disponível em: https://ojs.unifor.br/rpen/article/view/13468/6751.
Barros ES, Cavalheiri JC. Conhecimento dos responsáveis sobre a importância da vacinação infantil. Revista de Saúde Pública do Paraná, 2021[acesso em 28 out. 2022],4(3):29-45. Disponível em: https://doi.org/10.32811/25954482-2021v4n3p29.
Slendak MS, Camargo MEB, Burg MR. A importância da vacinação: a opinião dos pais de crianças de 0 a 5 anos. Brazilian Journal of Health Review, 2021[acesso em 04 out. 2022],4(4):18420-18432. Disponível em: https://doi.org/10.34119/bjhrv4n4-311.
Dottes CP, Borges AM. Vacinação infantil: aceitação, dificuldades e ações identificadas por uma equipe de Estratégia Saúde da Família. In: Congresso Internacional em Saúde. 2021[acesso em 17 out. 2022]. Disponível em: https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/conintsau/article/download/19585/18318.
Domingues CMAS, Fantinato FFS, Duarte E, Garcia LP. Vacina Brasil e estratégias de formação e desenvolvimento em imunizações. Epidemiol. Serv. Saúde, 2021[acesso em 04 nov. 2022],28(2):e.20190223. Disponível em: https://doi.org/10.5123/S1679-49742019000200024.
Foleto ALL, Ferreira RY, Carrara GLR. Percepção de pais universitários sobre a importância da vacina na primeira infância. 2022, 20p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Centro Universitário UNIFAFIBE. Bebedouro-SP[acesso em 04 nov. 2022]. Disponível em: http://repositorio.unifafibe.com.br:8080/xmlui/handle/123456789/601.
Alves CRL, Scherrer IRS, Santos LC. Atenção à saúde da criança: aspectos básicos. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2018. 169p. [acesso em 17 out. 2022]. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/Atencao-a-saude-da-crianca-aspectos-basicos_versao_final.pdf.
Ministério da Saúde. Brasil. Portaria nº 397, de 16 de março de 2020. Dispõe sobre o Programa Saúde na Hora, no âmbito da Política Nacional de Atenção Básica. Brasília, DF, 2020[acesso em 14 nov. 2022]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2020/prt0397_16_03_2020.html.
Silva PLN, Alves CR. Percepção da equipe de enfermagem sobre organização e Processo de trabalho da sala de vacina. Revista Renome, 2018[acesso em 22 out. 2022],7(1):32-47. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/renome/article/view/1217/1269.
Castro APR, Vidal ECF, Saraiva ARB, Arnaldo SM, Borges AMM, Almeida MR. Promoting health among the elderly: actions in primary health care. Rev. bras. geriatr. gerontol. 2018[acesso em 04 nov. 2022],21(2):155-163. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-22562018021.170133.
Marques SRL, Lemos SMA. Letramento em saúde e fatores associados em adultos usuários da atenção primária. Trab. educ. saúde. 2018[acesso em 04 nov. 2022],16(2):535-559. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00109.
Dias EG, Oliveira CKN, Lima JAD, Caldeira MB. A educação em saúde sob a ótica de usuários e enfermeiros da Atenção Básica. Revista Saúde e Desenvolvimento Humano, 2022[acesso em 05 nov. 2022],10(1):2-10. Disponível em: http://dx.doi.org/10.18316/sdh.v10i1.7165.
Maciel FBM, Santos HLPC, Carneiro RAS, Souza EA, Prado NMBL, Teixeira CFS. Community health workers: reflections on the health work process in Covid-19 pandemic times. Ciênc. saúde coletiva, 2020[acesso em 17 out. 2022],25(sup. 2):4185-4195. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-812320202510.2.28102020.
Pereira SC, Bardaquim VA, Dias EG, Pacheco VBJ, Carlos DM. Acolhimento às famílias durante a vacinação infantil na Atenção Primária à Saúde no Brasil. Rev. Rede cuid. saúde, 2022[acesso em 02 jan. 2023],16(2):1-17. Disponível em: http://publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/rcs/article/view/7507/3762.
Mohanty S, Carroll-Scott A, Wheeler M, Davis-Hayes C, Turci R, Feemster K et al. Vaccine Hesitancy in Pediatric Primary Care Practices. Qual Health Res., 2018[acesso em 24 out. 2022],28(13):2071-2080. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1177/1049732318782164.
Clement J. A Tecnossocialidade no cotidiano dos profissionais da atenção primária à saúde envolvidos no processo de vacinação de crianças menores de cinco anos. 2021, 66p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Chapecó-SC.[acesso em 24 out. 2022]. Disponível em: https://rd.uffs.edu.br/bitstream/prefix/4892/1/CLEMENT.pdf.
Melo MC; Fonseca CMF, Vasconsellos-Silva PR. Internet e mídias sociais na educação em saúde: o cenário oncológico. Cadernos do Tempo Presente, 2017[acesso em 23 out. 2022],27:69-83. Disponível em: https://doi.org/10.33662/ctp.v0i27.7486.
Fundo das Nações Unidas para a Infância. UNICEF. UNICEF lança campanha de vacinação com Mauricio de Sousa e Facebook. Brasília, DF, 2020[acesso em 20 out. 2022]. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/unicef-lanca-campanha-de-vacinacao-com-mauricio-de-sousa-e-facebook.
Silva FS, Barbosa YC, Batalha MA, Ribeiro MRC, Simões VMF, Branco MRFC et al. Incompletude vacinal infantil de vacinas novas e antigas e fatores associados: coorte de nascimento Brisa, São Luiz, Maranhão, Nordeste do Brasil. Cad. Saúde Pública, 2018[acesso em 07 nov. 2022],34(3):e00041717. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00041717.
Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Conass. A queda da imunização no Brasil. Consensus. 2017[acesso em 01 nov. 2022],25. Disponível em: http://www.conass.org.br/consensus/queda-da-imunizacao-brasil/.
Siewert JS, Clock D, Mergner PG, Rocha PFA, Rocha MDHA, Alvarez AM. Motives for non-adherence of children to the vaccination campaign against influenza. Cogitare Enferm, 2018[acesso em 24 out. 2022],23(3):e53788. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v23i3.53788.
Couto MT, Barbieri CLA. Cuidar e (não) vacinar no contexto de famílias de alta renda e escolaridade em São Paulo, SP, Brasil. Ciênc. saúde coletiva, 2015[acesso em 04 nov. 2022],20(1):105-114. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232014201.21952013.
Morais JN, Quintilio MSV. Fatores que levam à baixa cobertura vacinal e crianças e o papel da enfermagem – revisão literária. Revista Interfaces, 2021[acesso em 11 nov. 2022],9(2):1054-1063. Disponível em: http://dx.doi.org/10.16891/2317-434X.v9.e2.a2021.pp1054-1063.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Saúde.com
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.