Políticas de saúde no Brasil e México: uma abordagem histórico-comparativa
DOI:
https://doi.org/10.22481/rsc.v19i3.12123Palavras-chave:
Brasil, México, Sistema de Saúde, Políticas Públicas, SaúdeResumo
Brasil e México são bons candidatos à análise comparativa de políticas públicas por apresentarem características estruturais semelhantes, tais quais: inserção periférica no capitalismo mundial, passado colonial, industrialização parcial e economia dependente do setor terciário, bem como concentração de renda, desigualdades sociais, susceptibilidade a crises, sendo democracias recentes com longa trajetória de regimes autoritários, golpes e instabilidade política. Para tanto, o objetivo deste estudo é realizar uma análise dos sistemas de saúde do Brasil e México, mediante uma abordagem histórico-comparativa ao longo de pouco mais de dois séculos (1808 - 2020). Assim, os resultados demonstram que as políticas de saúde dos países estudados trilharam caminhos diferentes, principalmente nas últimas décadas, mediante componentes de dependência na trajetória e persistência na estratificação social e mercantilização em saúde. Brasil e México possuem sistemas de saúde fragmentados, seja pelo forte componente privado ou pelos vulneráveis ciclos econômicos excludentes. Ao propósito, o estudo ora apresentado pode ser compreendido como um valioso instrumento para se repensar sobre concepções, serviços e práticas em saúde. Conclui-se então, que o processo de comparação contribui para uma melhor compreensão da heterogeneidade dos sistemas de saúde de ambos os países
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