Estratégia de saúde da família: co-participação no processo de inclusão de crianças e adolescentes com necessidades educativas especiais
Palavras-chave:
saúde da família, educação, co-participaçãoResumo
A atenção dispensada à família através da equipe de saúde da família serve de modelo reorientador das ações de saúde. Dessa forma, supera, em suas práticas, a concepção de saúde enquanto ausência de doença, voltada para ações curativas e médicoassistencialistas, centradas na doença. Toda ação está voltada para práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipes, dirigidas às populações de territórios delimitados, pelos quais a equipe assume responsabilidades. Diante do papel integralizador da estratégia de saúde da família, é de suma importância à co-participação e articulação desta com outros setores, especificamente a educação, materializada na forma da escola, uma vez que lida diretamente com a população infanto-juvenil em plena ascensão na produção do conhecimento, sejam eles dotados de capacidades funcionais “normais” sejam acometidos por agravos que os levaram a período de hospitalização, ou outro motivo para seu afastamento escolar, necessitando da parceria equipe x escola no processo de reinserção dos mesmos neste ambiente. Destacamos o papel da estratégia de saúde da família não simplesmente na atuação em medidas diretamente ligadas à saúde, mas co-participante no processo de inclusão sócio-educacional, por meio de parcerias estabelecidas com diferentes segmentos sociais e institucionais, intervindo diretamente em situações para além da especificidade do setor saúde e que têm efeitos determinantes sobre as condições de vida do indivíduo-família-sociedade. A partir desta coresponsabilização e interdisciplinaridade entre os profissionais de saúde e educação, a saúde galga passos no sentido de ser entendida e vivida não como mera ausência de doença, mas como um processo global, holístico e integralizador, estabelecendo redes de cuidado na atenção às crianças e adolescentes. Para tanto, foi utilizado estudo bibliográfico, delimitado o estudo qualitativo, através de consultas a periódicos, acervos bibliotecários e demais artigos relevantes quanto à temática