EPIDEMIOLOGIA DA LEPTOSPIROSE EM BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA REDUÇÃO DOS CASOS NA CAPITAL MINEIRA
DOI:
https://doi.org/10.22481/rsc.v15i3.4788Palavras-chave:
Leptospirose; Vigilância em Saúde Pública; Planos e Programas de Saúde; Estratégias; Prevenção de DoençasResumo
A leptospirose é uma zoonose endêmica prevalente no Sudeste brasileiro. Assim, o objetivo desse artigo é analisar epidemiologicamente os casos dessa doença e desenvolver uma proposta de intervenção. Este é um estudo epidemiológico descritivo de dados coletados na plataforma TabNet, referentes aos casos confirmados de leptospirose em Belo Horizonte, de 2007 a 2017, baseados no ano do primeiro sintoma. A proposta de intervenção foi embasada na literatura científica e em diretrizes do Ministério da Saúde. Foram notificados 252 casos e 24 óbitos. Dos acometidos pela doença, 76,58% possuíam de 20-59 anos, 80,2% eram homens, 28.2% consideravam-se pardos e 54% eram residentes da área urbana. A incidência da doença relaciona-se ao relevo e aos fatores climáticos. A prevalência de homens está relacionada com a ocupação laboral, e o maior acometimento de pardos com as disparidades raciais existentes. Assim, são primordiais ações para orientação da população, diminuição dos reservatórios da doença e manejo dos indivíduos com suspeita da doença. Portanto, torna-se necessária a orientação da população e a redução de roedores, além da utilização de um protocolo de atendimento para os suspeitos com leptospirose e o uso de tecnologias inovadoras para o diagnóstico, como o teste laboratorial point-of-care testing.