O ensino de língua portuguesa e os universais musicais: uma amostragem de prática interpretativa

Autores/as

  • Emanuela Francisca Ferreira Silva Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais image/svg+xml
  • Hugo Mari Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.22481/lnostra.v3i1.13274

Palabras clave:

Universais Musicais. InterpretaçãoTextual. Mente Incorporada.

Resumen

Esse trabalho é parte de um projeto de pesquisa desenvolvido em doutoramento em Língua Portuguesa eLínguística do Programa de Pós-graduação em Letras da PUC Minas, que visa compreender e discutir a utilização dos universais musicais – ritmo e melodia – como ferramentas no ato interpretativo de um texto, potencializando a compreensão do mesmo. A interpretação textual é uma prática de linguagem. O trabalho de compreender um texto ultrapassa o domínio do sujeito comunicante e do sujeito interpretante. Patrick Chauredau (2008) afirma que a encenação discursiva é condição primordial para comunicação. Segundo Chauredeau (2008) o ato de linguagem é composto de vários sujeitos – Euc - EUe/ Tui -TUd – e que comunicar é proceder a uma encenação. Para este trabalho pretende-se limitar a pesquisa a dois desses sujeitos comunicantes, respectivamente: TUi-TUd, encenados pelo sujeito interpretante no ato comunicativo. Pretende-se apresentar uma parte dessa pesquisa que tem por eixo as abordagens experencialista e corporificada, afirmando que a construção de sentido depende da interação de trêsdimensões: cérebro, corpo em ação e interação organismo-ambiente. Tem-se a hipótese de que ao utilizar dos universais musicais no ato da interpretação TUi-TUd constroem-se esquemas imagéticos, por meio dos quais TUi-TUd experencia o mundo. Para tanto, baseia-se na Teoria da Integração Experencial (AUCHLIN, 2003) em que se integram dois espaços de entrada: o experencial sensório-motor e a elaboração linguística e o Modelo Semiótico de Brandt (2005), em que o espaço-base é discursivo, pois é construído a partir do “ato de dizer e aquilo que é dito”. Tentar-se-á integrar ambos os modelos para apresentar um modelo próprio de análise e confirmar a hipótese que rege  esse trabalho.

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Biografía del autor/a

Emanuela Francisca Ferreira Silva, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras –Língua Portuguesa e Linguística -da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Professora de Língua Portuguesa do Instituto Federal do Sul de Minas. 

Hugo Mari, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.      

Citas

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Publicado

2019-07-05

Número

Sección

Artigos - Dossiê